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Coisas intrigantes

Por admin

Episódio 1

Diziam os antigos que se o vento soprar de uma única direcção, a árvore crescerá inclinada. Há quem prefira estoirar os pulmões tentando fazer o mesmo; isto é, tentar forçar o curso dos acontecimentos numa certa (?) direcção. O desejo – que agora se manifesta – estava adormecido há algum tempo.

 A agitação resultante do biénio eleitoral (2013-2014) parece ter feito o Godzilla despertar do seu sono profundo e secular. Bula Bula soube que alguns “gringos” que aqui trabalham, entre “espreitas” e gente da diplomacia, reuniram recentemente, numa certa casa da Avenida do Zimbabwe, na capital, alguns escribas moçambicanos, criteriosamente seleccionados, para, entre tremoços e imperiais, auscultar destes opiniões sobre aquilo que eles apelidaram de “crise político-militar no país” e para prometer mais apoios à chamada “imprensa independente”, “neste período crítico” e encorajá-la no sentido de intensificar a sua “luta contra o Governo”. Algo do tipo rinha de circunstância. Há coisas do arco-da-velha que nos fazem lembrar os jantares e almoços do tristemente célebre espião Tod Chappman e os seus memoráveis telegramas “wikilicados”.

Episódio 2

Comecemos assim: lembre-se de cavar o poço bem antes de sentir sede. Intrigante – diria, antes, perturbador – uma mosca contou a Bula Bula que as t-shirt usadas na marcha anti-raptos e anti-guerra em Nampula foram distribuídas em casa do candidato de um espécime avícola a edil desta cidade. Afinal havia motivações políticas? Bula Bula imagina as dezenas de pragas que devem estar a jorrar dos autores e coadjuvantes na famosa marcha mas, como diz a sabedoria popular, Todosos factos têm três versões: a sua, a minha e a verdadeira. No caso, a verdadeira versão está no ar…

Episódio 3

Ao Bula Bula também chegou o seguinte episódio: em Sofala, onde existem cinco municípios, nomeadamente, Gorongosa, Cidade da Beira, Marromeu, Nyamatanda e Dondo, um candidato a edil, da parte do “galináceo”, na senda de que a tradição serve para momentos de aperto, contratou um “nyamussoro”, de modo a garantir uma retumbante vitória nas eleições do dia 20 de Novembro.

As más-línguas – sempre há um com vontade de falar – dizem que estes (entenda-se os nyamussoros) têm estado a facturar em alta nestes dias. O dito tem o nome sugestivo de Mandinho Francisco Motocala. O tratador de “maus-olhados” e “maus espíritos” nos boletins de voto foi requestado na outra margem do Zambeze, em Chimuara, Mopeia e Zambézia, (santos da casa não fazem milagres), porque alguém afiançou ao referido candidato a edil que naquelas bandas era tiro e queda e não se brincava com coisas dessas. Assim, o homem não precisaria de fazer campanha… teria tudo “no papo”, como sói dizer-se.

Bula Bula  tem o seguinte comentário: quando as coisas correm mal a muita gente, o homem aplica o provérbio “um homem prevenido vale por muitos”.

Timoneiro-mor de saída?

Os mais avisados dizem que cuidados e caldos de galinha não fazem mal a ninguém e, mais interessante ainda que, quem com ferros vive, com ferros morre. Vem esta lábia toda a propósito de um vendaval – mais ou menos do tipo que varreu parte dos países do Magrebe – que se abateu sobre um certo campeão verdejante de verdades… É que contaram ao Bula Bula que um certo timoneiro-mor de uma publicação local com estampa venerando vastas planícies, e que se manteve no lugar por longo tempo, estaria de saída do jornal. Motivo: na última reunião dos accionistas teria sido pedida a sua cabeça, por isso vai dar o fora. Parece que sopram ventos de mudança naquelas paragens… e é de todos os quadrantes com alguns desterrados à mistura! 

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