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Bissopo em Maputo?

Por admin

Estava Bula Bula calculando percentagens das eleições autárquicas na vila municipal de Gorongosa, quando uma “perdiz” contactou-nos com a seguinte mensagem: “o sr. Bissopo está aí. Ele e os seus…”. E nós perguntamos: “E Dhlakama?”. “Dhlakama, não está cá”, respondeu:

O nosso leitor mais atento sabe que aquando da fuga de Dhlakama de Santungira, se noticiou que ele se teria “evaporado” acompanhado pelo seu secretário-geral. O nome dele é Manuel Bissopo. Ter-se-iam aventurado pela serra densa até ao pico da montanha e daí “ficaram em parte incerta”, como até aqui se tem noticiado em relação ao paradeiro da perdiz-mor. Agora, Bissopo em Maputo? A perdiz que nos passou a notícia, relatou também que parece que o homem terá sido evacuado de “hélio” para as terras do Rand e na noite de 20, dia das eleições, com todo o mundo contando votos, guarnecendo urnas eleitorais, ou brindando os primeiros resultados que iam caindo, o homem ter-se-ia feito para Maputo, por atalhos terrestres que só ele conhece até cá chegar. Na manhã de ontem, Bissopo teria orientado uma reunião com os seus sequazes na sede da “perdiz” na capital. O pássaro que nos contactou, afiançou-nos que ele teria dito na aludida reunião que o seu chefe-maior, o próprio DHL, da “parte incerta” onde se encontra, dificilmente viria a Maputo, para o esperado encontro com Guebuza. No referido encontro, o SG não teria explicado de modo claro se DHL estaria de facto nas montanhas de Goro ou também terá sido evacuado pelos “amigos” para outra “parte incerta”.

Entretanto, outras notícias sobre a “perdiz” provenientes de Nampula indicam que os homens armados da Renamo detidos recentemente naquela província nortenha na sequência dos ataques e saques perpetrados contra civis, que criaram feridos, mortes e danificação de infra-estruturas no troço entre Namina (distrito de Mucuburi) e Mutiva (distrito de Rapale), puseram a boca no trombone nos interrogatórios feitos pelas FDS.

Confessaram que o plano de atacar alvos civis e outros naquela província foi urdido pelo próprio Dhlakama, de quem recebiam ordens directas através dum tal Major Magaia, chefe deles. Estas ordens eram passadas diariamente por DHL a partir da chamada “parte incerta” onde se encontra. Por outro lado, disseram às FDS que todos os ataques que têm ocorrido na Estrada Nacional Número 1 (EN1) são ordenadas, como ele próprio o disse em Santungira, por Dhlakama.

E que esta escalada de ataques que começou com um ataque a Muxunguè a 4 de Abril, enquadrar-se-ia num vasto plano de desestabilização do país, cujo objectivo último é a divisão de Moçambique pelo Save, proclamando-se nas duas outras regiões, uma autonomia, com a chamada República Democrática Centro-Norte. A instalação da referida república seria feita com a ajuda de amigos ocidentais do líder da Renamo.

Afiançam que as bandeiras encontradas em Santungira reforçavam essa ideia da divisão do país e que quando o líder ali se instalou no ano passado, começou a treinar militarmente jovens, com a previsão de que até Junho do próximo ano teria um efectivo de cerca de cinco mil homens para a constituição de um exército para tal república.

Contaram também que alguns homens da sua ala militar estariam contra esta ideia de dividir o país e o mais acérrimo opositor dessa pretensão é um tal comandante de Maringuè, Jorge Sete, que até já não concordava com a liderança do próprio DHL, por se deixar arrastar pela ala mais radical dos generais renamistas. Sete estaria a fazer contactos com o líder do pangolim para este regressar à Renamo e assumir a liderança. Recorda-se aquando do assalto à base de Maringuè pelas FDS, foram encontradas, entre outras coisas, bandeiras do PDD. 

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