Childo Tomás, “baixista” moçambicano radicado no Reino da Espanha, apresentou-se no Centro Cultural Franco – Moçambicano, num concerto integrado nas festividades do 25º ano de
existência do FUNDAC (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Cultura).
Acompanhado por um naipe de artistas de peso, nomeadamente Tony Paco (bateria), Samito Matsinhe (percussão), João Cabral (guitarra), Larssen (piano) e Timóteo Cuche (saxofone), Childo Tomás, em pouco mais de duas horas, mostrou porque é que é considerado um dos melhores baixistas do mundo; aliás ele já foi eleito 5 vezes melhor baixista a residir na Europa.
Dizia, o concerto foi simplesmente bom mau, grado o som ter “picotado” um e outro momento sem, contudo, beliscar o desempenho dos artistas que estiveram indubitavelmente à altura do desafio. Cada um dos músicos convidados, incluindo a baixista Orlanda da Conceição e a incontornável Chuddy Mondlane, deu provas vivas de que “quem sabe faz ao vivo”.
Childo interpretou uma série de números, a exemplo de Minha Irmã uma belíssima dedicatória a irmã, Ilda Tomas (Uda), Malokotsuana, Party Groove, Maputo eléctrico, que levaram o público a ovacionar longamente e de pé quando o espectáculo chegou ao final. Depois, a pedido do público, Childo, a solo interpretou mais um tema onde exibiu o seu virtuosismo no manuseio do “baixo”.
Justiça seja feita; o FUNDAC ofereceu ao público um grande concerto, naquilo que é o início de uma série de actividades comemorativas dos 25 anos e que se prolongam até próximo ano. Na imagem de Oripota Pacamutondo, o baixista num diálogo íntimo com a sua guitarra.
Belmiro Adamugy
