PRETILÉRIO MATSINHE
pretilerio.matsinhe@snoticias.co.mz
A Associação IVERCA, Turismo, Cultura e Meio ambiente completa 15 anos de existência. O Museu Mafalala, que é um produto da agremiação, chega aos cinco anos. Para celebrar, Ivan Laranjeira, presidente da associação, confirma que há uma série de eventos que estão a ser programados para marcar a efeméride em Junho.
Mas, para os próximos anos, só se pensa em construir uma abordagem de um museu fora de portas, que vá ao encontro do público e que explore novas disciplinas artísticas, com enfoque para as artes performativas. domingo entrevistou Ivan Laranjeira que fala dos desafios que a IVERCA enfrentou, que incluem a aceitação da comunidade pela edificação de um museu, bem assim os riscos que aquele património ali corre.
Fale-nos dos desafios e das conquistas da IVERCA, passados 15 anos de existência.
Primeiro, fazer um investimento num espaço periférico é um desafio que veio a demonstrar fragilidades no sector cultural, no que diz respeito ao enquadramento que se dava ao nosso trabalho. Há 15 anos, eu tinha 25 anos de idade e imaginava jovens com essa idade, com perspectiva de trabalhar na Mafalala como um lugar turístico. Este sempre foi o nosso maior desafio, porque, para vários interlocutores, a ideia de fazer um investimento no bairro da Mafalala não era uma decisão consciente, sábia. Depois isso reflectiu-se sempre nas dificuldades que fomos encontrando ao longo do tempo. Por exemplo, até hoje as pessoas têm a ideia de que vir à Mafalala é perigoso, que não é um lugar turístico e agradável de se estar, e isso contrapõe todo o manancial histórico e cultural que existe no bairro. Então, os 15 anos foram marcados por estes processos.
Entretanto, tiveram a ideia de construir um museu… Leia mais…
