O escritor Mia Couto lança amanhã, em estreia mundial, o livro “A Espada e a Azagaia”. É o segundo volume da trilogia “As Areias do Imperador”, que o escritor iniciou em 2015 com a publicação de “Mulheres de Cinza”.
A nova obra é uma segunda etapa da viagem que Mia Couto faz à história – e às estórias – dos últimos dias do chamado Império de Gaza, à altura da sua derrocada, em 1895, liderado por Ngungunyane, que ficou para a história como um dos mais influentes chefes africanos dos finais do séc. XIX.
No novo livro, Nkokolani, lugar criado por Mia Couto dentro do império que Ngungunyane dirigiu, a paixão do soldado português Germano pela jovem Chope Imani e o entrelance de sonhos e ambições continuam a dar corpo a uma história que também conhece interacções maiores.
A história que começou em “Mulheres de Cinza” evolui e conheceu, em “A Espada e a Azagaia”, capítulos de mais interacções entre gentes que comungam interesses e vontades; e gentes de Nkokolani e idas a Nkokolani, com interesses convergentes e interesses antagónicos, numa viagem pela História glorificada em Moçambique como símbolo de resistência à ocupação colonial e noutras latitudes, nomeadamente em Portugal, que dão a queda de Ngungynyane como a grande conquista em África e glorificação de um herói nessa ocasião inventado, o militar Mouzinho de Albuquerque.
“A Espada e a Azagaia” é editado pela Fundação Fernando Leite Couto, que contou com o apoio do Millennium Bim.
