A poetisa e activista cultural da província de Gaza, Dércia, conhecida nos meandros artísticos por Deusa de África, lançou na última sexta-feira, em Maputo, na Mediateca do BCI, o seu livro intitulado “A Voz das Minhas Entranhas” .
Apresentado pela escritora Paulina Chiziane, o livro foi chancelado pelo Fundo para o Desenvolvimento Artístico e Cultural (FUNDAC).
“A Voz das Minhas Entranhas” é uma poesia activa, de uma mulher que transcende os limites impostos do género e revela um sentimento intimista com os problemas sociais e com todos os desassossegos dos quais não fecharia os olhos na qualidade de uma poetisa em ascensão estética.
Deusa de África é uma esteta com raízes profundas na arte de escrita e o seu livro vem certificar que a literatura moçambicana só se fortalece com a presença feminina que apesar de minoritária, não se intimida e é capaz de dar mais rugido ao espólio nacional.
Deusa de África vem inspirada de uma geração forte de escritores daquele ponto do País que nos anos 90 fundaram a emblemática revista Xitende e hoje são nomes fortes da nossa literatura contemporânea, nomeadamente, Dom Midó das Dores e Andes Chivangue. Deusa de África é a actual coordenadora da Associação Cultural Xitende.