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GOSTEI DO FESTIVAL E DA PLATEIA

Por admin

A cantora e poeta norte-americana que foi figura de cartaz do festival, concedeu uma conferência de imprensa. A ideia era fazer o rescaldo da sua participação no festival. “Gostei muito do 

festival e da maravilhosa plateia que lá estava. Acho que os organizadores estão de parabéns”, disse Jill.

Questionada sobre o seu desempenho, ela disse: “Entrei em palco e logo disse UAU! Esta gente toda quer ver a mim. E começei a cantar e inspirada por aquela gente toda. Juntei a experiência que trago do hip hop, que tanto adoro, e a das passagens pelo jazz, como o trabalho que fiz com George Benson e Al Jarreau. Foi simplesmente amável”.

Jill Scott está magra. Aliás, a propósito disso ela afirmou que “na vida emagrecemos e engordamos e eu tinha que emagracer para ficar mais bonita”. Poeta que afirma se inspirar na sua vida e de outras gentes promete para breve um livro. “Tenho estado a trabalhar para edição de um livro sobre o que escrevo. Infelizmente, como outros artistas, resta-me pouco tempo para família, mas sempre que posso, dou o meu máximo”.

Falou ainda do seu recente trabalho na área cinematográfica, feito no Botswana. “ Foi uma experiência diferente tanto em termos de trabalho, temperatura, comida. E sobretudo no duro trabalho que temos de fazer. Mas gostei e isso é um aditivo nas nossas vidas”, disse Jill Scott.

 

SOBREPOSIÇÃO DAS ACTUAÇÕES

 

Um dos constragimentos da décima quarta edição do festival internacional de jazz, Cape Town, foi a sobreposição das actuações dos artistas.

Enquanto tocava Jill Scott em um palco, noutro estava Kirk Whalum. Esta situação dividia  os espectadores que não sabiam em que palco estar, tendo ainda em consideração o facto de estas terem sido algumas das principais atracções do festival.

Este factor é descrito pelos organizadores como um catalizador, pois permite que cada música faça o seu máximo para poder concentrar a plateia.

“Temos vindo a buscar universalidade no festival. A cada ano inovamos. Fazemos mistura de vários ritmos procurando satisfazer os espectadores que procuram o festival. Por isso, se for a ver, apostamos nos autores de ritmos de música tropical, casos de Paulo Flores, Stewart Sukuma, ritmo tradicional- Cheik Lô, Kwaito, entre outros”, afirma Rashid Lombard, Director do festival.

 

 

O MÍTICO BUENA VISTA  SOCIAL CLUB

 

A  emblemática banda cubana, Buena Vista Social Club que reúne parte dos melhores músicos cubanos, teve duas actuações no festival. A primeira aconteceu no primeiro dia e a outra no segundo dia, sábado. Tocaram de tudo um pouco revelando experiência, maturidade e domínio daqueles instrumentos que fazem ecoar ritmos de flamenco, rumba, merengue e folque cubano.

Os  “aventureiros cubanos” haviam sido um dos pratos fortes na sexta-feira, já o mesmo se não pode dizer do segundo dia que partilharam a plateia com Kirk Whalum, Jimmy Dludlu e Robert Glasper Experiment feat MF Doom.

Jimmy Dludlu arrastou e concentrou a plateia ao actuar das  21h15 até 22h30.  Uma actuação esplêndida e fenomenal, foi o que se viu. E poucos ou quase ninguém arredou o pé, até o guitarrista se despedir. Entretanto, horas depois, iriam entrar em cena os Buena Vista Social Club, às 23h15. Nessa hora, muita gente estava fora do Convention Centre (local onde decorre o festival) ou então a assistir o senegalês Cheikh Lô, que também começou tímido, tendo ganho ritmo nas últimos minutos. Quando os cubanos Buena Vista entraram em palco, lá estavam muito poucas pessoas. Foi penoso.

Mas isto tudo deriva da falta de uma melhor coordenação e arrumação dos artistas. Como dizia um dos espectadores, teria sido melhor começar pelos Buena Vista social Club e colocar o Jimmy Dludlu a fechar o concerto.

 

TRIPLA NORMAN, KIRK E RICK

 

As três figuras esperadas efusivamente pela plateia,  Norman Brown ao lado de Kirk Whalum e  Rick  Braun, concetraram espectadores que acabavam de ver Louis Moholo no  palco Rosies, e Mi Casa, no Bassline.

A tripla KWB como é denominada nos bastidores, é a fusão de fusões. São artistas de escolas diferentes e performances de tonalidades diferentes que ao convergirem deliciam o ouvido de quem os ouve. E foi assim que aconteceu. Mesmo sob aquela temperatuda baixa no palco  Manenberg, os fãs não arredaram o pé. Ficaram para ver o Norman dedilhar,  Kirk soprando e Rick tocando trombone.

A expectativa era enorme e para  o caso dos moçambicanos que já viram e ouviram Norman Brown, tanto queriam saciar sua vontade. O mesmo se diz de Kirk Whalum , várias vezes anunciado para escalar os palcos de Maputo, mas que o mesmo nunca aconteceu.

MI Casa foram uma das revelações, pois não sendo jazz o seu estilo musical, conseguiram lotar o seu palco, criando situações de  dificuldade para alcançar a banda, mesmo de longe.

Robert Glasper Experiment feat MF Doom foram um boom. Suavemente cantaram e encantaram a plateia do Mannenberg. Lembrar que ano passado, Robert ganhou o prémio de melhor álbum R&B, Black Radio. Presentemente, Robert faz misturas de vários ritmos com o jazz.

 

 

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