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Perfeita simbiose do jazz e outros ritmos

Por admin

A décima quarta edição do Festival Internacional de Jazz de Cape Town, realizada recentemente, provou a capacidade organizacional dos produtores e clarificou o que antes era impensável – a 

convivência no mesmo palco do jazz e de outros ritmos.

O festival que é o quarto maior do mundo teve a proeza de ver esgotados os bilhetes um mês antes da sua realização. Arrastou para aquela cidade turística por excelência, milhares de pessoas que assistiram e divirtiram-se ao ritmo do jazz (Errol Dyers, Norman Brown, Kirk Whalum, Rick Brown, Jimmy Dludlu, Thandiswa Mazwai, Jean-Luc Ponty); Kwaito (Mafikizolo), Flamenco, Rumba (Buena Vista Social Club), R&B and jazz (Jill Scott, Robert Glasper Experiment feat MF Doom, Claire Philips),  Tradicional (Cheick Lô), música universal pelos Dj´s (Azuhl, Raiko, Mr Mo, Das Kapital).

Os cinco palcos foram concorridos pelos espectadores que guiando-se pelo programa, procuravam e disputavam o artista mais sonante, experiente ou que os comovesse entre os cinco palcos. Lembrar que os palcos do Cape Town Jazz Festival são uma homenagem aos fazedores deste estilo musical, jazz. Os palcos têm os seguintes nomes:  Kippies (palco principal onde desfilam os músicos consagrados);  Basil “Mannenberg” Coetzee (uma miscelânea entre os consagrados e intermédios);  Rosies (diversidades);  Moses Molelekwa (Diversidades);  Bassline ( world music).

 

UM LINE UP  GLOBALIZADO

 

O  alinhamento dos dois dias do festival foi considerado por muitos espectadores, diversificado. Uns apontam para o facto de os organizadores terem feito o festival atingir um nível destacável, não se coagindo por tal pela aposta de ritmos. Este facto torna o festival mais apetecível ainda, pois cria oportunidade de os músicos africanos que não enveredem propriamente pelo jazz, mas pelo world music, partilharem o palco com outros executores.

O festival teve  presença americana, brasileira, espanhola, sul-africana, moçambicana, senegalesa, britânica,  cubana, francesa, americana (incluindo Jill Scott,  cara do festival e que acabou correspondendo às expectativas).

Jean Louis, francês registou uma afluência de gente dividindo espectadores com Buena Vista Social Club que actuavam na mesma altura no palco principal.

Da África do Sul foram selecionadas as seguintes bandas e artistas: Mafikizolo, Zonke, Errol Dyers, Pu2ma, Louis Moholo,  Ibrahim Khalil Shibab, Auriol Hays, Janathan Rubain & Don Vino, Afrika Mkhize, Trenton & Free Radical, Mi Casa,  Thandiswa Mazwai, Jimmy Dludlu (África do Sul/Moçambique), Arts & Culture Focus Super Band, Claire Philips, Sonti, Reza Khota Quartet, Phfat, Ben Sharpa & Pure Solid, Khuli  Chana & Aka.

Aliás, Jimmy Dludlu, que representava Moçambique e África do Sul, entrou para o palco eléctrico. Vestido de fato azul e chapéu preto, como lhe  é típico, o guitarrista de Chamanculo, descendente do falecido Nanando, provou uma vez mais ser um manejador exemplar da guitarra. Camilo Lombard, conhecedor profundo dos ritmos de Jimmy manejava o piano com excelência, tendo a cumplicidade do também moçambicano John Hassan que dava através da percurssão, um toque diferente ao espectáculo.  Bokani Dyer (piano), Lucas Khumalo (baixo), Mbouta Kissangwa (bateria),  Abdul Ala Samed (Djembe), Ayandare Ajayi Bolaji (percursão), Brandon Ruiters (trompete), Sisonke Xonti (saxofone), completavam a equipa que levantou e animou a plateia do Kippies. Judith Sephuma que fora colega de Jimmy na universidade de Cape Town, cantou como convidada especial.

Man who lost his shadow;Pusa wise; Blues; Skokiaan; Linda; Saudades; Gentle rain; New church; Village/Corn of my soul; Walk of life; Point of view; Motherland; Medley (Midolens, Pata-pata, Welcome to CPT, Ultra of Motherland, foram as composições interpretadas por Jimmy Dludlu e sua banda.

Do Brasil juntou-se aos demais a compositora e intérprete Céu. Da Espanha veio  Chano Dominguez. 

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