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Dança contemporânea invade palcos de Maputo

Por admin

A cidade de Maputo  será palco entre os dias 2 a 6 de Dezembro próximo,  a 5ª edição do Festival de Dança – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea. Conhecido como um dos maiores festivais de dança internacional que decorre no país, o evento junta coreógrafos, bailarinos e técnicos das diversas áreas da arte para uma interacção e troca de experiências.

O festival é organizado e produzido pela Iodine e tem como objectivo promover a dança contemporânea como expressão artística. Pretende-se também com o festival capacitar jovens coreógrafos através da formação e intercâmbio cultural, criando, desse modo, espaço de apresentação e diálogo entre bailarinos e coreógrafos nacionais e estrangeiros.

“Na  5ª edição do Festival Kinani vamos contar com companhias profissionais de Moçambique, África do Sul, Portugal, Suíça, Bélgica e Senegal.  Estão programados cerca de 18 espectáculos que serão apresentados nas salas do Teatro Avenida, Centro Cultural Franco – Moçambicano (CCFM), Museu Nacional de Arte e no espaço do prédio defronte do Ministério do Interior (prédio cuja construção está interrompida e localiza-se na esquina entre as avenidas 24 de Julho e Olof Palm)”, afirma Quito Tembe, produtor do evento.

Para o dia da abertura oficial do festival, 2 de Dezembro, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, serão apresentados três (3) espectáculos de abordagens diversificadas. Vão desfilar em palco com a companhia do coreógrafo moçambicano Horácio Macuacua, exibindo a peça “Smile If You Can”; o coreógrafo Fatou Cissé, do Senegal irá apresentar “Regarde-moi Encore”; e a suíça PH Martin Schick subirá ao palco para dançar “Halfbreadtechnique”.

Durante  e os cinco (5) dias do Festival Kinani, irão decorrer encontros abertos com objectivo de reflectir sobre as novas tendências e abordagens da dança contemporânea, o diálogo intercultural que o poder desta manifestação artística traz nas sociedades, bem como a projecção de filmes de realizadores nacionais e estrangeiros. Por outro lado, serão apresentados workshops de dança contemporânea, laboratório de performance e de desenhos e operação de luz.

Romper as fronteiras convencionais com o 4º Andar

Para a presente edição, os produtores do Festival Kinani, decidiram alargar e romper com as fronteiras clássicas de apresentar os espectáculos em espaços convencionais, com a inclusão na programação, do evento 4º Andar.

4º Andar é um novo formato de apresentação de performances e instalações artísticas num espaço não convencional conhecido “de vista” por todos os habitantes de Maputo. Este evento irá decorrer no edifício em “suspensão construtiva”, desde a época da independência, que se situa na esquina da Av. 24 de Julho com a Av. Olof Palm, em frente ao Ministério do Interior, e irá receber oito (8) artistas/companhias para apresentarem as suas criações para um público que, de forma sequenciada, vai circular pelos andares que compõe o edifício a acompanhar as pospostas das companhias.

Esta iniciativa pretende sensibilizar e convocar todos os agentes das artes performativas e o público em geral sobre a falta de espaços de trabalho para os artistas e apresentar soluções no uso e aproveitamento do património em deterioração. Mas  também pretende-se exaltar as qualidades intrínsecas de espaços abandonados para servirem de acolhimento para eventos artísticos.

O Festival Kinani foi criado em 2005 com o objectivo de alargar o cenário da Dança Contemporânea em Maputo, e, desde lá, tem se consagrado como uma das maiores mostras desta arte performativa a nível nacional e Internacional proporcionando a mesma originalidade, criatividade, intercâmbio e inovação.

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