Arão Nhancale estreou-se na literatura com o romance “Ndlozy”, lançado em Maputo, quinta-feira última. Com 500 exemplares, o livro sai sob chancela da editora Estação Oito, onde, em 146 páginas, o autor mergulha nas questões mais profundas da sociedade, estabelecendo uma linha comparativa entre a zona rural e urbana, num modelo que o permitiu colocar no papel as bondades e malefícios das duas realidades.
O prefaciador do livro, Dionísio Bahule, escreve que “Ndlozy” faz uma leitura histórico-cultural do país por meio de metáforas, demonstrando através de uma rara capacidade de sincronizar três tempos sem matar neles o reduto da narrativa.
“Faz um recuo ao debate sobre o duplo moderno e tradição, procurando incansavelmente demonstrar como todos os elementos combatidos pela ideia de modernidade exercem e continuam a exercer pressão na vida dos seus, cuja subalternidade subjugou o chão dos povos submetidos à condição de segregação, negação e espoliação do seu ser”, lê-se no prefácio. Leia mais…
