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ANTÓNIO MARCOS: Uma conversa descontraída com o “ntsantsantsa” (homem fino)

Por Jornal domingo

TEXTO DE CAROL BANZE

CAROL.BANZE@SNOTICIAS.CO.MZ

Foi mainato, cozinheiro… mas é a música que mais o identifica. Considera- -se um “ntsantsantsa”, traduzido por si como “um homem fino, bonito, de boina, botas e luvas brancas”. Pois é. Falamos de António Marcos, ou – como é bem conhecido – Antoninho Maengane, cantor e compositor de… várias músicas.

Em entrevista ao domingo, entre várias questões, revela mágoa resultante do prémio que lhe foi atribuído pela Rádio França Internacional, na década de 1990. Fala também de identidade nas lides musicais, ao defender a exaltação dos ritmos e das línguas locais.

Sobre projectos, prefere fechar-se em copas, até porque “os outros estão atentos e poderão ver isso escrito no jornal e puxar para eles”. Acompanhe a conversa nas linhas que se seguem.

Posso chamá-lo de Antoninho Maengane?

Como quiser. Eu gosto de tudo. Por que não aceitaria?

Pode nos explicar o significado de Maengane?

Boa pergunta! Esta música fala de tudo, mas especificamente de um imigrante. Digamos que de alguém que, ao chegar à grande cidade, descobriu que se comia arroz, pão, salada de alface, e não a “xiguema”, uma espécie de “xima” feita de farinha de mandioca, a que estava habituado. Então, ficou atrapalhado e esqueceu- se da família que havia deixado na sua terra de origem, Gaza. Atrapalhou-se e deixou de lado o que tinha motivado a sua migração, que, na verdade, era buscar melhores condições de vida para oferecer à mulher e aos filhos.

O Maengane da sua composição é inspirado em alguém, especificamente? Leia mais…

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