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As críticas que lançam Os moçambicanos em Angola

Por admin

Dia 8 de Novembro de 2015. Reunião entre o presidente da República e a comunidade moçambicana que vive em Angola.

 Dizer são 733 ou 1000, neste caso é mesma coisa, porque o primeiro número é daqueles inscritos e que são controlados pela nossa representação naquele país irmão, todavia, sabe-se que ao todo são o segundo número.

São “quentes” nas suas abordagens sobre a actualidade no nosso país, frontais nas suas propostas de como podemos ir para o futuro e cáusticos nas lições que pretenderam dar à comunicação social no nosso país, a quem acusaram de estar a instigar a violência, a guerra.

É aqui mesmo aqui onde me tocaram: Salvador Maurício diz ser assíduo de todos órgãos de comunicação social de Moçambique, porque é assim que se tem ligado à pátria amada. Para mostrar quanta razão tinha e depois de ter dito que fora a Angola como missionário e que se estava a doutorar em política, nas américas, avançou: há falta de cultura democrática na comunicação social moçambicana, principalmente numa televisão de que sou mais assíduo.

Sem termos precisado de pormenores, Maurício disse que a tal estação televisiva não luta pela concórdia, harmonia, unidade nacional e a paz, por alegadamente estar a incitar a todos esses males nos seus programas informativos, incluindo telejornais. Disse mais: as perguntas que os jornalistas fazem aos seus comentaristas são dirigidas para gerar uma intolerância clara.

Para encher o seu saco, disse que também os comentaristas são adversos à paz, falam daquilo que exacerba os ânimos e nunca de harmonia e de promoção da paz. Ficamos boquiabertos! Quem nos salvou foi o presidente da República que disse ter-lhe parecido que os moçambicanos a viver em Angola fossem mais patriotas do que aqueles que estão na pátria. Não gostamos da comparação!

Hoje apetece dizer àquele moçambicano que amanhã, o nosso Conselho Superior de Comunicação Social, também preocupado com esse tipo de questões que aparentemente se situam ao nível de questões éticas e deontológicas, vai juntar os fazedores da comunicação social e instituições ligadas ao tema, mais ou menos que apoquentam não só os moçambicanos na diáspora.

Tem razão, Maurício, que até temos jornais que só podem viver com a violência no país, que gostam que haja barulho de todo o tipo, incluindo de tiros, para abrirem as primeiras paginas e os telejornais. Se o barulhento se cala ficam assanhados e preocupados com o silêncio.

Ficam sem nada a escrever e vai daí, cozinharem reportagens de mortes pela guerra e juntam retalhos de anteriores notícias para no fim, ardilosamente saírem com aparentes novidades.

Tem razão, Maurício! No nosso país há jornalistas que o são sentados, ouvem o que ouvem, juntam àquilo que gostariam que acontecesse e procuram fotos de fontes diversas para “autenticarem” as suas notícias. Daí sai a notícia sobre o que se pretendia acontecesse e bota-se publicamente a ideia de que aconteceu.

É verdade, compatriota! Ainda neste mês temos situações de um jornal publicar que havia bang bang nas regiões centro-norte do país e, que, em consequência, um comandante teria morrido algures em Tete em data precisa e três dias depois ocorreu o seu funeral, algures em Maputo. Para “autenticar” recorreu-se a uma foto de necrologia numa publicação nacional e feridos dum conflito passado.

Hoje, os familiares estão indignados, porque o tal comandante de cujo nome nem sequer o jornal omitiu, faleceu no Hospital Militar, consequência duma doença prolongada e que estava prestes a ser transferido para hospitais da terra de Mahatma Gandhi. Mas a mentira já fizera manchete!

Maurício, nesta semana ainda rebentou outra! Uma reportagem que não existiu, sobre a cidade de Maputo, onde se metem empresas e personalidades de renome como não tendo cumprindo os seus compromissos com a edilidade.

Já ontem, soubermos que o repórter que nem sequer se coibiu de apor a sua assinatura, afinal primeiro foi pedir dinheiro a tais vitimas e na impossibilidade de obter o que queria, nasceu o hipotético escândalo que o periódico ofereceu aos seus leitores. Assim mesmo, de forma largamente bizantina!

Pedro Nacuo

nacuo49nacuo@gmail.com

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