O Presidente da República reiterou a sua disponibilidade de se encontrar novamente com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, “não para uma fotografia, mas para produzir resultados concretos para a satisfação do povo moçambicano”.
Filipe Nyusi que respondia a uma pergunta dos jornalistas que o acompanharam na visita, disse ainda que em Moçambique a única forma de se alcançar o poder é através das eleições, razão pela qual o nosso país é elogiado pelo mundo pela regularidade na escolha dos seus dirigentes. “O ciclo eleitoral é respeitado o que significa que continuamos firmes na democracia no mundo”.
Sobre se estaria em condições de se reunir novamente com o líder da Renamo para desbloquear a tensão política, o Chefe do Estado respondeu nos seguintes termos:“Como Presidente, há possibilidade a qualquer momento, se é para falar sobre a paz e outros aspectos do desenvolvimento do país. Sempre dissemos que estamos disponíveis. Nós, como governo, não fazemos encontros para fotografia, mas para produzir resultados almejados pelo povo moçambicano e neste caso, o povo está a precisar da nossa intervenção, pelo que tudo vamos fazer para que aconteça esse encontro, mas para trazer soluções concretas para o povo que precisa de ficar tranquilo, calmo e sossegado para produzir e desenvolver o país. Portanto, estou pronto”.
Entretanto, o PR teve um almoço de trabalho com o presidente do Movimento Democrático de Moçambique, Daviz Simango, o qual serviu para a troca de impressões sobre a governação, quer central, assim como municipal e neste último caso no concernente à descentralização de serviços como educação, saúde à semelhança do que está acontecer no Município de Maputo.
“Como sabem após a minha tomada de posse reuni com ele em Maputo e na altura decidimos que os encontros iriam continuar. Portanto, são encontros de consulta e troca de opiniões. Foi bom, discutimos aspetos que interessam a sociedade e os nossos partidos. O grande denominador comum foi a questão da paz e cada um perguntava o que está a falhar e desenhamos uma estratégia comum, naturalmente que não houve discordância de que o país tem que estar em paz”, disse o Chefe do Estado, sublinhando que o acto se enquadrava no processo de inclusão.
Por sua vez, Davis Simango disse à saída do referido encontro que o mesmo serviu para abordagem de questões relacionadas com a paz, descentralização e necessidade de investimento nas autarquias e processo de dragagem do acesso ao Porto da Beira, entre outras questões para a melhoria da vida das populações.
“Nós trocamos ideias e naturalmente vamos transmitir às várias lideranças. Como sabem, temos o privilégio de dirigir partidos políticos e comunicarmo-nos com moçambicanos. Temos que interagir sempre, porque o que precisamos é a paz efectiva para que todos possamos ser úteis,”disse Daviz Simango, para quem é preciso haver este tipo de encontros para “o sol nascer para todos”.