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Nyusi reafirma ter o povo como patrão

Por admin

O Presidente da República (PR), Filipe Jacinto Nyusi, reafirmou, na cidade da Beira, província de Sofala, que foi eleito para resolver os problemas da população de todo o país e que as preocupações levantadas nos comícios populares eram do seu conhecimento, razão pela qual estão a ser resolvidas, de modo a não defraudar as expectativas dos moçambicanos. 

 

“Sou Presidente de todos, incluindo aqueles que votaram noutros candidatos”, disse o Chefe do Estado.

A visita presidencial à província de Sofala pode ser considerada como um balão de oxigénio de distensão para uma população que vivia amedrontada depois do anúncio dos resultados eleitorais do pleito de 15 de Outubro último, devido aos discursos incendiários e divisionistas propaladas pela liderança da Renamo.

É que, esta província, à semelhança das províncias da Zambézia, Manica, Tete, Niassa, Nampula e Cabo Delgado faz parte das que a Renamo reivindica a sua governação alegando que ganhou ali as eleições. 

Para sossegar a população e dissipar equívocos, o Chefe do Estado disse ser presidente de todos os moçambicanos incluindo aqueles que votaram noutros concorrentes que igualmente beneficiam da sua acção governativa.

“No nosso país não existe espaço para alguém lamentar, mas sim para se organizar, de modo a apresentar um bom plano de governação para ser votado pelos cidadãos. Portanto, qualquer pessoa que tiver um problema que deve ser resolvido por este governo tem de colocá-lo para ser respondido ou para juntos participarmos na sua solução. Aqui não há exclusão. Não há pequeno, não há grande, não há criança ou adulto, não há combatente, não há desmobilizado. Toda a gente que é moçambicana merece o carinho do Presidente”,disse Filipe Nyusi.

Homem de poucas palavras e muita acção, Filipe Nyusi não perdeu tempo a falar de assuntos desnecessários, tendo concentrado as suas intervenções nos aspectos tendentes à satisfação das necessidades da população.

Sempre sorridente e num a vontade “de se lhe tirar o chapéu”, Filipe Nyusi foi dialogando com a população que de forma organizada e bastante acolhedora, dançou, festejou e apresentou as suas inquietações sobre a governação, mormente, no que diz respeito à circulação dos homens armados da Renamo, expansão das redes de energia e água, vias de acesso, hospitais, entre outras ações.

Quem também não deixou os seus créditos em mãos alheias foi o edil local, Daviz Mbepo Simango que usando da palavra no comício realizado na cidade da Beira, afirmou que a razão da sua eleição é para servir os interesses do povo.

“Desejar boa estadia ao senhor Presidente nesta cidade da Beira, onde estamos prontos para continuar a trabalhar no sentido de servir o povo, a razão da nossa existência e queremos cultivar a esperança e o respeito à vida”,disse Daviz Simango.

Por seu turno, o cidadão Manuel Duarte, falando em nome da população, disse que Moçambique não pode ser destruído nem dividido. “ Nós queremos ser como uma paisagem em que os pássaros vivem livremente. A paz é a riqueza, portanto, uma bênção e não maldição, pelo que temos que preservá-la. Por isso, desencorajamos as atitudes daqueles que pretendem dividir o país”.

Acrescentou que uma das preocupações da população está relacionada com o fundo destinado à redução da pobreza urbana. “Gostaríamos que o fundo contra a pobreza fosse bem gerido para beneficiar os pobres, porque nesta cidade as pessoas que estão a usufruir deste fundo são contados a dedo”.       

E porque o dia era reservado ao Chefe do Estado, este foi respondendo às questões colocadas de forma didáctica, o que nos leva a recorrer ao adágio popular segundo o qual “quem sabe, sabe”. Nyusi explicou à população os passos em curso visando resolver os problemas dos cidadãos.

 

PRESIDENTE DE TODOS OS MOCAMBICANOS                                      

O Presidente da República disse de forma reiterada nos vários comícios realizados que ele é Presidente de todos os moçambicanos e que todos devem beneficiar da sua ação governativa. Para melhor ilustrar a questão, o PR afirmou que o governo não vai por exemplo, criar hospitais, escolas e outros serviços apenas para os que apostaram na sua candidatura e na Frelimo.

“Vamos construir infraestruturas para serem usadas ou beneficiar a todos os moçambicanos. Foi constituído o governo e um Presidente, portanto, sou Presidente de todos os moçambicanos. As preocupações de todos, são também minhas. Por isso, vamos continuar a resolver os problemas de todos sem distinção da sua raça, filiação partidária e religião”,disse o Chefe do Estado.

 Dirigindo-se à população do distrito da Beira, Filipe Nyusi disse que seria muito breve e parco em palavras, porque o tempo não é para discursos, mas sim para actos concretos, dando como exemplo os esforços em curso para a solução da problemática do saneamento do meio.

“Nós não pensamos pequeno. Pensamos grande, porque queremos resolver as preocupações da população, razão pela qual vamos continuar a construir estradas, como, por exemplo, a estrada Beira-Machipanda. Estamos a trabalhar no sentido de ver realizadas as vossas prioridades. Sabemos que uma delas é o projecto de drenagem de Macurungo e no Chivive e podemos sossegar que em breve as obras vão arrancar”,disse o Chefe do Estado.

 O outro problema que preocupa a da população da cidade da Beira prende-se com a degradação do Hospital Central e em relação a esta situação é um dado adquirido que ainda no decurso do presente ano o hospital vai ser reabilitado para proporcionar melhor atendimento e responder à demanda dos seus utentes.

Esta unidade hospitalar tem capacidade instalada de 853 camas. Possui[L1] [L2]  mil e 615 funcionários dos quias 113 são médicos, sendo 84 de especialidade e 450 enfermeiros.

 

POPULAÇÃO PEDE DESARMAMENTO DA RENAMO

Antes de escalar a cidade da Beira, o Presidente da República esteve nos distritos de Nhamatanda, Chemba e Dondo onde a população, em uníssono, pediu o desarmamento rápido das forças residuais que circulam naquelas zonas, sobretudo na região de Tica e Savane.

Para a população, a circulação daqueles homens retarda o desenvolvimento da zona para além de semear pânico, uma vez que as pessoas ficam sem saber o que vai acontecer no dia seguinte.

Em resposta a esta e outras questões, o Chefe de Estado reiterou que o governo sempre defendeu o diálogo para a solução das diferenças. “O nosso programa quinquenal foi elaborado tendo em conta as preocupações dos moçambicanos. Nós sabemos que o moçambicano quer viver bem. Para tal, precisamos de produzir comida, ter acesso à água, energia, educação e saúde de qualidade, pelo que temos que trabalhar juntos e defender a paz, unidade nacional e soberania”.

Entretanto, a população reconhece os esforços do governo na busca de soluções para o melhoramento das suas condições de vida, ao mesmo tempo que clama pelo cumprimento das promessas eleitorais.

A título de exemplo, na localidade de Metuchira, distrito de Nhamatanda, a população pediu uma ponte. Em relação a essa solicitação, Carlos Martinho, Ministro das Obras Públicas, Recursos Hídricos e Habitação, anunciou para breve o arranque das obras dessa infra-estrutura e duma barragem para barrar a água que na época chuvosa provoca inundações.

O titular deste pelouro anunciou igualmente a construção de um depósito de água para a expansão deste líquido precioso aos demais povoados e bairros daquela localidade, o que agradou a população presente no local do comício.

Ainda nesta localidade e em resposta às queixas sobre a questão da saúde, os residentes foram convidados a denunciar os funcionários desonestos, bem como a passar a assistir a recepção dos medicamentos para não serem surpreendidos com justificações de rotura de stoks.

Ainda no quadro da melhoria das condições de vida da população, o Chefe do Estado inaugurou em Nhamatanda os silos com capacidade para armazenar mais de oito mil toneladas de cereais.

O empreendimento faz parte de um total de oito em construção no país, sendo Nhamatanda e Gorongosa, em Sofala, Ulóngué, em Tete, Alto Molócue, na Zambézia, Malema, em Nampula, Najua, Cabo Delgado e Lichinga, na província de Niassa.

De referir que em todos os comícios, Filipe Nyusi agradeceu a população o voto confiado a si e à sua formação política, bem como falou do Programa Quinquenal de Governação, constituído por cinco pilares.

Os tais pilares são os seguintes: paz, unidade nacional e soberania, desenvolvimento humano e social, emprego, produtividade e competividade, infra -estruturas económicas e sociais e a gestão sustentável dos recursos naturais e do ambiente.

Ainda em Sofala, o PR visitou alguns empreendimentos económicos como por exemplo a fábrica de cimentos na cidade de Dondo, bem como manteve encontros com os estudantes da Universidade Zambeze e os alunos da Escola Secundária Samora Machel aos quais pediu para trabalharem no sentido de melhorar a qualidade de educação.


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