É melhor que os convidados de Donald Trump se preparem quando decidirem aceitar um convite para visitar os EUA. A Casa Branca, a residência oficial, principal local de trabalho do Presidente e sede oficial do poder executivo nos EUA, está a transformar-se num local de “pesadelo” para os líderes estrangeiros que são convidados ao país. O Presidente Donald Trump decidiu usar a Sala Oval, seu gabinete e local de trabalho, espaço onde também recebe dignitários estrangeiros em ocasião de visitas de Estado, para “emboscar” e tentar “humilhar” seus convidados. Depois do “escândalo” que foi a visita de Zelensky em Fevereiro, semana passada a vítima de Trump foi Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul. O Presidente norte-americano fez um conjunto de alegações, infundadas, segundo as quais na África do Sul está a ser cometido um genocídio contra farmeiros brancos. Ao que tudo indica, Trump está disposto a usar a Sala Oval, historicamente reservada como um lugar de honra para dignitários estrangeiros, para envergonhar os visitantes de Estados relativamente menos poderosos ou pressioná-los sobre assuntos nos quais o inquilino da Casa Branca está obcecado. É caso para dizer, “convidados de Trump, preparem-se”, pois tudo se pode esperar na Sala Oval.
Tudo parecia que a reunião na Casa Branca visava baixar a alta tensão que tem caracterizado as relações entre Washington e Pretória. É só lembrar que, desde que voltou à presidência dos EUA com o seu slogan Make America Great Again (MAGA – Tornar a América Grande Novamente), Trump tem conduzido o seu país, mais uma vez, para uma postura unilateralista, ignorando, até, os seus aliados mais próximos. A tónica maior da sua política económica externa tem sido a imposição de altas tarifas a quase todos os produtos importados, uma estratégia que visa “forçar”empresas norte- -americanas que produzem no exterior a produzirem localmente. A África do Sul não está imune a essa política de Trump e o país enfrenta uma tarifa de 30% nesta nova política. Com efeito, a viagem de Ramaphosa tinha em vista tratar das relações comerciais entre os dois países. A expectativa era que a reunião da semana passada pudesse redefinir a relação entre os dois países, tendo em conta que Trump cancelou a muito necessária ajuda à África do Sul, ofereceu refúgio à minoria branca Leia mais…