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Além do simples repatriamento

Por admin

Periodicamente, com frequência, com demasiada frequência, são noticiadas tentativas de entrada ilegal de estrangeiros no país. Das mais diversas nacionalidades. E pelos mais diversos motivos. A 

 

estes ilegais impedidos de entrar, podem ajuntar-se dezenas de outros que, podendo ter entrado legalmente, aqui exerciam as mais diversas actividades laborais sem a necessária autorização. Na detecção destes, parece exemplar actuação do Ministério do Trabalho. O que tem provocado reacções e resistências. Uma vergonha nacional. E, muito provavelmente de pouca auto-estima. Enfim. Cada um é como cada qual. Mas, voltando aos que tentam entrar ilegalmente, na última quarta-feira, o jornal “Notícias” (página 3), titulava: Repatriados 70 emigrantes ilegais. E escrevia que Setenta indivíduos foram impedidos de entrar no país semana passada, através do aeroporto internacional de Maputo, por emigração ilegal. Esclarece a local que Daqueles, 34 não tinham clareza quanto ao propósito da vinda a Moçambique, local de hospedagem, meios de subsistência, duração da estadia e bilhete de regresso ao local de partida, 24 possuíam vistos falsos e 12 não tinham vistos. Quanto às origens ou nacionalidades dos ilegais, Trata-se de 27 bengalis, 12 somalis, oito etíopes, seis chineses, três paquistaneses, entre outras nacionalidades. (…). Ficámos também a saber, para nossa satisfação e descanso, que Muitos dos emigrantes foram repatriados nas mesmas aeronaves em que acabavam de chegar à capital moçambicana, enquanto outras ficaram detidas na 18 Esquadra à espera de serem recambiadas. Parece o mínimo que se pode fazer a quem tenta entrar em nossa casa sem autorização ou por meios ilegais. Isto, com muita cortesia. E respeito pelas convenções internacionais.

 

 

 

Notícias com teor idêntico ou igual, repetem-se. Semana após semana. Um fenómeno pouco claro. Sendo Moçambique um país pobre. Talvez empobrecido. Pelo que se pode ler na local e em muitas outras semelhantes, não se percebe muito bem os motivos que levam, que motivam, tantos estrangeiros a procurarem-nos como local de destino. Logo, até podemos muito bem especular. Pode ser o conhecimento de fragilidades do nosso controlo de fronteiras. Pode ser a permissividade da nossa legislação. Pode ser a nossa maneira branda de tratar os estrangeiros, mesmo contra os interesses nacionais. Pode ser a maneira fácil como estes aventureiros pensam encontrar trabalho ou poder exercer uma qualquer outra actividade lucrativa. Como não conseguem ou não podem encontrar em seus países de origem. Pode ser, também, um outro qualquer motivo. Menos claro. Menos nobre, menos honesto. Menos legal. O que é facto, é que Moçambique parece ser surgir como um “El dorado” aos olhos destes peregrinos da desgraça. Temos de saber aplicar a nossa legislação com mais rigor. Não só para punir quem tenta violar as nossas fronteiras, sistematicamente, mas para impedir que nos entrem em nossas casas sem autorização. Em nossa defesa, em defesa da nossa tranquilidade e segurança. Os motivos para esta desmedida procura pelo nosso país não são claros. São, isso sim, em tudo obscuros. Talvez seja necessário, em defesa dos interesses nacionais, começar a pensar em outras em outras medidas. Desencorajadoras. Além do simples repatriame

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