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“4 de Outubro” volta a tirar sono aos automobilistas

Por admin

A Avenida 4 de Outubro, troço que liga os municípios de Maputo  e Matola, a partir dos bairros de Benfica/Zona Verde, na zona do rio Mulauze, em Maputo, degradou-se novamente, não

obstante as obras de reabilitação realizadas nos finais de Junho do ano passado.

 

Cerca de 22 milhões de meticais foram investidos na reparação daquele troço e os automobilistas, que circulam com dificuldades, questionam para onde foi o dinheiro.

A obra foi adjudicada à JR Construções, que durante trinta dias devia empenhar-se na sua finalização, tendo aplicado dez dias para mobilizar equipamentos e organizar todos os meios necessários para a reabilitação da estrada.

Dados em nosso poder indicam que a referida reabilitação, no ano passado, compreenderia a reparação da vala de drenagem ao longo dos 600 quilómetros para facilitar o escoamento das águas pluviais.

Desgastados com a situação, os munícipes que diariamente usam aquela via para diferentes pontos das duas autarquias, apontam o dedo à edilidade de Maputo, acusando-a de optar por reabilitações improvisadas de curto prazo. 

Em declarações ao domingo,  os utentes da via disseram que o problema não é novo nas estradas da cidade de Maputo e sublinharam que o caso da Avenida 4 de Outubro merece mais atenção e preocupação, uma vez que não passa um ano após a reabilitação.

Aldino Mucavel, transportador de passageiros na rota Benfica -Machava Socimol, mostrou-se indignado com o trabalho realizado, uma vez que o estado de degradação a que a estrada está votada, obriga os automobilistas a fazerem gincanas para se esquivarem dos buracos, evitando a danificação das suas viaturas.

 “Os munícipes pagam impostos, para além de que existe um orçamento próprio para o sector de estradas. Estamos perante uma edilidade indiferente e inoperante”, disse Mucavel.

António Rodrigues, outro transportador, referiu que as estradas da capital tornaram-se num martírio para veículos que diariamente usam aquele troço, pois o estado deplorável contribui para o aumento do tempo de viagem.

Por seu turno, Júlio Mahanjane afirmou que o Conselho Municipal da Cidade de Maputo deve agir imediatamente na manutenção das estradas para evitar o pior. Facto estranho, de acordo com o nosso entrevistado, é que “existem buracos, inclusive, nas rodovias recentemente reabilitadas, o que revela a má qualidade do trabalho que foi realizado há pouco tempo”.

De referir que a reabilitação daquela rodovia surgiu em resposta à preocupação dos automobilistas, particularmente os operadores de transporte semicolectivo, “chapeiros”, que apontaram a degradação da estrada como uma das razões para a danificação das suas viaturas.

Contudo, como forma de pressionar as autoridades municipais para a melhoria das condições de transitabilidade da Avenida 4 de Outubro, os “chapeiros” que estabelecem a ponte entre Benfica, na cidade de Maputo, a diversos pontos da Matola (via T3), chegaram a suspender a actividade em protesto contra o mau estado da via. Só voltaram a circular depois de receber garantias da edilidade de Maputo de que o troço em causa seria reabilitado.

Entretanto, a nossa Reportagem tentou, sem sucesso, obter a reacção do director de infra-estruturas no Conselho Municipal, Vitorino Vidigal.

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