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Cada família terá duas casas

Por admin

As famílias que foram vítimas das recentes cheias no distrito de Chókwè, província de Gaza, passarão a partir desde ano a ter duas casas, das quais uma nas zonas seguras e outra nos locais onde

 habitavam anteriormente.

 

Arrancou semana finda em Chiaquelane, distrito de Chókwè, a demarcação de novos talhões para as vítimas das cheias verificadas no último mês de Janeiro naquela parcela da província de Gaza.

Cinco mil talhões serão demarcados, numa primeira fase, para igual número de famílias, ficando por atribuir sete mil para milhares de pessoas presentemente reassentadas nos diferentes centros de acomodação.

A distribuição dos talhões vai permitir que as famílias tenham duas casas, das quais uma a ser instalada nas bandas de Chiaquelane e outra poderá será construída ainda nas zonas de origem.

A nossa Reportagem apurou em Chiaquelane que as vítimas das cheias, para além dos talhões, recebem uma lona e seis paus para permitir a montagem de tenda.

Alberto Libombo, Administrador do distrito de Chókwè, garantiu que brevemente as autoridades irão disponibilizar um camião que servirá para ajudar aquelas famílias a transportar material de construção de Mapapa para as zonas já parceladas.

“Estamos preocupados com aquelas famílias que perderam tudo o que tinham. Os talhões que temos vindo a demarcar neste momento serão destinados a essas famílias”, disse, acrescentando que as autoridades locais irão proibir que elas voltem a construir suas casas onde viviam em Chókwè.

Ressalvou que as anteriores residências poderão servir como de campo, no qual a população poderá deixar as suas culturas.

 

AINDA PERSITEM DIFICULDADES

 

Trinta dias após as cheias no Chókwè, há famílias que até hoje vivem ao relento, aguardando por lonas, redes mosquiteiras, clamando ainda pela melhor distribuição de produtos alimentares e de limpeza.

Dados colhidos pela nossa Reportagem no terreno mostram que presentemente cerca 80 por cento das 12 mil famílias reassentadas em Chiaquelane receberam lonas e rede mosquiteira e as restantes continuam dormindo ao relento.

Alberto Libombo, administrador de Chókwè, reconhecendo que é necessário resolver o problema da falta deste material, assegurou que continua a trabalhar juntamente com os seus parceiros de forma a conseguir encontrar uma solução para centenas de pessoas que vivem expostas a doenças como malária, diarreias, dentre outras.

Algumas pessoas ouvidas pela nossa Reportagem não esconderam o desalento. Benigna António disse que não espera voltar para o seu bairro caso receba um talhão.

Pérsia Artur, também reassentada em Chaiquelane, disse a situação que vive e pede celeridade na atribuição de novos talhões.

 

FALTA DE SEMENTES

PREOCUPA AUTORIDADES LOCAIS

 

Por outro lado, o administrador de Chókwè disse na última sexta-feira, durante a visita à Chiaquelane do presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Tadateru Kinoé, que a sua administração, juntamente com a comunidade, está preocupada com a falta de sementes que faz-se sentir na província de Gaza em consequência das cheias.

“A informação que temos é que depois das cheias tem havido uma boa produção. O nosso desejo era aproveitar este período para as sementeiras, uma vez que nos encontramos nesse ciclo”, disse.

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