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Guebuza será um dos assinantes do plano de paz para a RDC

Por admin

O Presidente  moçambicano, Armando Guebuza, assina hoje aqui em Adis Abeba, na sua qualidade de Presidente em exercício da SADC, juntamente com vários outros estadistas dos Grandes Lagos

 ou seus mandatários e com alguns líderes da própria África Austral, na presença do Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, um Acordo de Paz, Segurança  e Cooperação  para a Republica Democrática do Congo e para a Região, que se espera  seja uma plataforma para a pacificação desta nação congolesa mergulhada numa guerra que dura há já 15 anos.

 

A darmos fé nas Nações que elaboraram este Acordo de duas páginas e meia na versão inglesa que, oficialmente, passará a ser conhecido por Quadro para a Paz, Segurança, e Cooperação para a República Democrática do Congo e para a Região dos Grandes Lagos, ou pela sigla PSCFDRCR, será assinado por um total de 11 signatários, entre estadistas em representação dos seus respectivos países ou organizações,  como é o caso do Presidente Guebuza, que o assinará entanto que líder da SADC.

 

Entre os 11 signatários que, segundo as Nações Unidas, já confirmaram que o irão assinar, são a própria República Democrática do Congo, Angola, África do Sul, Tanzania, Congo Brazzavile, Burundi, Sudão do Sul, Uganda e Ruanda, sendo estes dois últimos países os que têm sido acusados de estarem a apoiar pelo menos um dos vários movimentos rebeldes,   nomeadamente o M23 liderado por Bosco Ntangada.

 

Além destes países e das Nações Unidas e a SADC, o Acordo será também assinado por um representante da União Africana (UA), e um outro mandatário da Conferência Intergovernamental dos países dos Grandes Lagos (ICLGR).

 

Os que acreditam que com este Acordo poderá se acabar com o conflito armado que de forma dramática flagela a província de Kivu na parte leste da RDC que, neste caso, é riquíssima em múltiplos recursos minerais, é o facto de estar a ser também assinado por alguns dos países que são acusados por apoiar alguns dos mais activos movimentos rebeldes, como o M23 que em Novembro ultimo chegou a ocupar a cidade estratégia de Goma.

 

É que apesar das repetidas rejeições de Kagamé de que o seu País não apoia nenhum dos movimentos rebeldes que têm minado a paz na RDC, o certo é que peritos mandatados pelas Nações Unidas e pela SADC, chegaram à mesma conclusão de que o Ruanda apoia pelo menos o movimento rebelde  M23 que nos últimos anos tem sido o mais activo na parte leste da RDC que neste caso faz fronteira com a nação ruandesa.

 

O que se tem dito é que o Ruanda estaria a apoiar o M23 não só por afinidades tribais, mas acima de tudo para poder continuar a extrair os imensuráveis recursos minerais estratégicos que abundam naquela parte leste da RDC.

 

Peritos em recursos minerais vão mesmo mais longe, dizendo que é graças a esses recursos que o Ruanda consegue ser uma das economias mais vibrantes do continente, e que lhe permite também ter um dos exércitos mais bem equipados da região.

 

Alguns analistas apontam as duras sanções que de há uns tempos para cá começaram a ser impostas contra o Ruanda como uma das formas de pressionar Kagamé a deixar de dar apoio ao M23 que o terão levado agora a ter de assinar este Domingo o tal Framework ou Quadro que terá lugar na manhã deste Domingo dia 24.

 

Os mesmos peritos dizem que Kagamé terá optado pela táctica de preferir perder os seus anéis de ouro para não perder os seus próprios dedos que seria neste caso uma estagnação total e completa da economia do seu próprio País, uma vez que com as sanções, não teria sequer onde vender os tais recursos que poderia estar a drenar do subsolo da RDC.

 

Diz-se também que ao aceitar agora assinar este Plano de Paz, Segurança e Cooperação para a RDC na Região, ele já se apercebeu que esta é a única maneira de sair-se airosamente do beco em que estava envolvido, isto a darmos fé às conclusões dos peritos independentes que fizeram uma investigação in loco e que concluíram que o Ruanda apoia o M23.

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