O proprietário de um estabelecimento de venda de produtos alimentares e construção em Macaneta, João Magaia, falando dos prejuízos que aquela avaria está a causar
à sua actividade, lembrou que em Março do ano passado uma equipa de agentes económicos de Macaneta reuniu-se com o governo distrital e Direcção Provincial de Transportes e Comunicações para apresentar uma proposta de solução para o problema.
Segundo João Magaia, a solução era angariar 27 milhões de meticais para se ir buscar o batelão “Chimuara” que estava acostado nas margens do rio Zambeze, nas proximidades da Ponte Armando Emílio Guebuza.
“O que nós queríamos era que através da nossa associação fôssemos apadrinhados pelo Governo para termos acesso ao valor através da banca. Apareceu esta ideia, porque nos encontros que mantivemos com o governo do distrito, tivemos a informação de que a administração tinha vontade de trazer o “Chimuara”, mas não tinha fundos para isso. Então, com o dinheiro que iríamos adquirir da banca pagávamos o transporte de lá para cá. Para evitar problemas com o banco, tínhamos dito que seria o próprio governo a cobrar as passagens. Mas desde Março que apresentámos a proposta até hoje não temos resposta”, disse.
Num outro desenvolvimento, o nosso entrevistado referiu que se tratando dum lugar onde atravessam indivíduos vindos de várias partes do mundo, devia haver um barco a motor de pronto socorro.
“Já tivemos vários afogamentos que resultaram numa morte. Quando tentamos salvar as pessoas, fazêmo-lo à nossa maneira, sem profissionalismo. Pensamos que isto pode, qualquer dia, nos trazer mais mortes. Ao invés de ser apenas o afogado, também o socorrista pode seguir o mesmo caminho. Alguém afogou-se. Tentamos salvá-lo. Não conseguimos e passados dois dias vimos o corpo a flutuar. E porque não temos ninguém para trabalhos das águas, apenas nos limitamos a ver e não o apanhamos mais”, disse Magaia.
