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“Em terra de cegos quem tem um olho é rei”. Trata-se de um velho adágio popular que parece adequar-se à realidade moçambicana.
Por incrível que pareça, todos os dias, semanas, meses, desabrocham como cogumelos obras clandestinas, em espaços não autorizados, à caça de indemnizações futuras. Em comum, são erguidas à berma da estrada, às vezes à calada da noite.
O desenho de terrenos é feito à esquadra e compasso para que no final a pseudo-aparência urbanística promova toda a confusão que se pretende, o mesmo que dizer que os promotores da arruaça sabem muito bem o que estão a fazer.