Casos de assaltos com recurso a armas brancas e de violação sexual multiplicam-se nos bairros de Mavalane e FPLM, na cidade de Maputo. Para além da fraca iluminação nas ruas principais, os moradores queixam-se
do facto de não haver patrulhamento policial em ambas as zonas residenciais.
Os bairros de Mavalane e FPLM estão a viver momentos de pânico protagonizados por malfeitores, que recorrem a armas brancas para praticarem assaltos a residências e estabelecimentos comerciais à calada da noite.
Segundo soube o domingo, há registos de assaltos que resultam em mortes, ferimentos graves e ligeiros, sendo que, normalmente, os malfeitores se escondem nos becos e aproveitam-se da agitação dos fins-de-semana nas barracas e outros locais de entretenimento para semearem um clima de medo nos moradores locais. Aliás, os casos de crimes tendem a aumentar a cada dia que passa.
O que mais alarma os residentes daquelas duas zonas residenciais é que as acções dos bandidos não se circunscrevem apenas à calada da noite, nas vias públicas. Os bandidos chegam mesmo a invadir moradias, onde torturam e/ou violam sexualmente os ocupantes antes de retirarem electrodomésticos e outros pertences.
Há um clima de desconfiança entre as pessoas que usam as ruas 4.115, que faz fronteira entre os dois bairros, e a 4.058, no bairro de Mavalane “A”.
Os trabalhadores e estudantes do curso nocturno, residentes naqueles bairros, andam de segunda a sexta-feira com o “coração nas mãos”. São poucas as vezes em que as pessoas passam por aquelas ruas sem que sejam molestadas. No caso de mulheres, estas são invariavelmente violadas sexualmente.
Os munícipes apontam a falta de iluminação pública como factor principal para a presença de bandidos naqueles locais.
Há falta de patrulhamento
Renato Fumo, morador do bairro de FPLM, disse à nossa Reportagem que além da falta de patrulhamento, não tem uma equipa do Conselho Comunitário de Segurança (CCS) para o combate à criminalidade.
“Os secretários dos bairros e a Polícia da República de Moçambique (PRM), instituição de que se espera a garantia da ordem e tranquilidade, têm consciência deste cenário, mas os postos locais da corporação debatem-se com escassez de meios humanos e materiais.Contactamos a polícia da 13ª Esquadra de forma a efectuar trabalhos de patrulhamento nesta zona o que ainda não aconteceu”, disse, tendo depois acrescentado que há indivíduos que arrendam residências naquele bairro sem o conhecimento das estruturas locais.