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Dançar com a alma de Naguib

Por admin

Por André Matola e Fotos de Inácio Pereira

É artista plástico de inegável mérito. O próprio talento curva-se a seus pés. Nasceu na província setentrional de Tete, onde as fábulas diziam – quando àquela terra ainda era distante da capital do país, Maputo – ser possível ver crocodilos a andarem no asfalto com o mercúrio a marcar 40 graus centígrados e lagartixas accionando ar condicionado. Falas do povo!

Tem obras a salpicarem os quatro cantos do mundo. Até em lugares tão selectos e distintos como a sede das Nações Unidas, nos Estados Unidos da América. Logo, quem detém um currículo destes…não é gago. É mágico.As suas mãos são arte, autêntico formão que esculpe imagens que se desenham na sua mente, tornam-se maleáveis aos seus dedos e cristalizam em telas e murais para arrebatar quem calha dançar com a sua alma.

 

Os murais que produziu na cidade de Maputo e na vila do Songo, em Tete, transportam-nos para a estratosfera de cores, linhas, pureza, beleza, felicidade e amor, o dito fogo, que segundo o autor de Lusíadas, arde… (a terminação é por demais conhecida).Na marginal de Maputo, bem próximo ao Clube Naval, a elegância da sua destreza sobrepõe-se a erva daninha, aos arbustos e ao descuido das entidades que dev(iam)em zelar por aquele lugar. Ainda assim, do lado oposto do seu mural, com mais de 500 metros de comprimento, o mar embala os barcos de recreio acorrentados por mãos humanas, qual cavaleiro a galope. Tchap, tchap; tchap, tchap; dança o mar.

 

 

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