Política

Vaquina orienta nampulenses a explorarem recursos locais

Em uma visita de trabalho à província de Nampula, o Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, estimulou os nampulenses a tirarem melhor proveito dos recursos materiais e humanos, de forma a

alcançarem as metas almejadas para o desenvolvimento local. 

Vaquina escalou a cidade de Nampula e dois distritos do litoral, nomeadamente Ilha de Moçambique e Nacala-Porto, para, entre vários objectivos, avaliar o grau de cumprimento da execução dos programas de desenvolvimento em curso.

Na ocasião, enalteceu os bons resultados de Nampula no capítulo da produção agrícola, que se coloca acima de cinco milhões de toneladas de produtos diversos, bem como no que concerne aos avanços na construção de estradas, à provisão da água que passou para 50 por cento (1.579.855 habitantes) no meio rural, entre outros feitos.

Ainda na componente de abastecimento de água, o Primeiro-ministro acompanhou as obras de reabilitação da Barragem de Nacala, orçadas em pouco mais de 37 milhões de dólares americanos, sendo que o nível de execução é estimado em 98 por cento, devendo estar concluídas em Setembro próximo.

No local, Vaquina chamou a atenção do empreiteiro no sentido de valorizar a qualidade e cumprir os prazos de entrega da obra, dado o elevado valor socioeconómico da infra-estrutura, pois “não pode existir actividade económica nas áreas de turismo, indústria, comércio, entre outras, enquanto o precioso líquido não estiver disponível em quantidade suficiente.”

Conforme se soube no local, com a reabilitação em curso, financiada pelo Millennium Challenge Account (MCA), pretende-se aumentar a altura da barragem para quatro metros; construir um novo descarregador de cheias com capacidade de 964 metros cúbicos por segundo; e construir uma nova tomada de água para o abastecimento de água a Nacala-Porto.

Em outras circunstâncias, Vaquina elogiou as autoridades de saúde da Ilha de Moçambique, pelo facto de pelo terceiro ano consecutivo terem conseguido travar o desenvolvimento da cólera, tendo aproveitado o ensejo para encorajar os ilhéus a intensificarem ainda mais as medidas de vigilância, para que a doença nunca volte a perigar a vida dos residentes.

Dados avançados no local pela Vice-Ministra da Saúde, indicam que os residentes da Ilha de Moçambique, estimados em de 14 mil habitantes, servem-se de um centro de saúde que oferece serviços de consultas externas, laboratório, internamento, estomatologia, raio x e serviços materno infantil (SMI).

Contudo,“o centro funciona num edifício completamente decrépito. Basta afirmar que foi construído no ano de 1877 do século XIX, e, apesar do seu valor histórico, por constituir a mais antiga unidade sanitária do país,na óptica de Nazira Abdula,é necessária a construção de um novo edifício.”

 CRIMINALIDADE E JUSTIÇA

A questão da criminalidade mereceu destaque na visita de trabalho de Alberto Vaquina a Nampula.

Durante um comício no bairro de Muahivire, os residentes denunciaram a impunidade de que gozam os malfeitores responsáveis pelo terror naquele local.

Aliás, os residentes de Muahivire chegaram a afirmar que os malfeitores, na sua maioria, são “filhos de chefes”, pois “nunca permanecem encarcerados.”

Já no comício de Nacala, os residentes denunciaram casos em que os quadros do Instituto de Patrocínio para Assistência Jurídica (IPAJ) chegam a ser conotados como estando, a priori, a favor das empresas, já que têm sido frequentes situações em que recebem casos de cidadãos demandando os seus préstimos, e no lugar de os defender juntam-se à entidade patronal, fugindo, desse modo, das suas obrigações.

Vaquina não se alheou às preocupações colocadas pela população, ao mesmo tempo que reiterou a necessidade de haver maior vigilância por parte das comunidades de forma a se combater esses comportamentos desviantes. 

Leonel Muchano, da AIM, especial para o domingo

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