O material é muito escasso
O treinador João Chissano dirige a academia com o seu próprio nome, fundada há sensivelmente cinco anos na Beira, e instalada também em Maputo, precisamente
no bairro da Mafalala, há um ano.
Conta que o futebol de formação em Moçambique foi sempre difícil, sobretudo num meio que todos querem plantar e colher imediatamente.
– Quem quer investir nesta área tem de pensar em lucros num período de cinco a seis anos. O material é muito escasso, por isso não conseguimos responder à demanda. A Academia João Chissano é suportada por mim e minha própria família.
Explica que este centro de formação arrancou com a área de prospecção e captação de talentos, para posteriormente introduzir o sector de ensino/aprendizagem. “Para tal é necessário espaço próprio, o que ainda não conseguimos, e prosseguimos contactos para tal nos municípios de Maputo e Matola”.
Esta academia tem actualmente 300 rapazes, sendo 50 em Maputo e 250 na Beira. João Chissano explica que a ideia é formar para exportar, porque internamente a qualidade do nosso jogador é baixa.
– Queremos colocar jogadores além-fronteiras, a partir do momento que atingirem os 17 anos. O nosso futebol é pobre para a qualidade do nosso trabalho. As nossas vitórias não são quantitativas, mas qualitativas.