Bula Bula

Experimentar a ignorância

Há entre nós, pouco mais de duas centenas de estudantes que andam revoltados com o Sistema Nacional de Educação. É que em Dezembro do ano passado prestaram exames da 10ª classe. Foram

 considerados, na altura, aprovados. Matricularam-se na 11ª classe como manda o figurino. As aulas começaram em meados Janeiro. Agora, fins de Fevereiro, estoira-lhes uma bomba nas mãos. Os alunos que prestaram exames na Escola Secundária Eduardo Mondlane foram considerados – afinal? – reprovados. Um vidente parece ter soprado nos ouvidos dos responsáveis pela Educação que havia ali alguma marosca.  A revisão de alguns exames parece ter confirmado a tese de fraude. Resultado: todos os 220 alunos devem repetir a 10ª classe. Os abrangidos pela medida, dizem-se injustiçados. Os pais choram os tostões gastos com as matrículas, uniformes novos e acima de tudo, o desmoronar de castelos de areia. Parece que passar de classe de forma fraudulenta virou “modus operandi “. O que bula bula não percebe é como é que só agora essa estória foi descoberta. Afinal como é que é feita a correcção dos exames? Como é que um aluno consegue ludibriar um sistema que se quer eficiente? A resposta parece bem simples: fintando…  

Bulabulisticamentefalando, essa historieta dá muito pano para mangas. Revela fragilidades de um sistema que tem por missão primária forjar o homem do amanhã. Se por um lado se pode dizer que os alunos tudo fizeram para transitar, não é menos verdade afirmar que os outros, os que têm responsabilidades neste quesito dos exames, não fizeram devidamente o seu trabalho em tempo útil. É mais ou menos do tipo ir atrás do prejuízo. Há que dar uma melhorada na nossa Educação. Se queremos realmente superar algumas barreiras. Não é a toa que a velha sabedoria popular reza que é na educação dos filhos que se mostram as virtudes dos pais… no caso, a sabedoria das autoridades! Alea jacta estou seja “os dados estão lançados para mais uma polémica na nossa Educação!

 

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