Artes & Letras

Luís Bernardo Honwana imortalizado através de um prémio literário

Prémio Literário de Ficção Narrativa Luís Bernardo Honwana é a forma encontrada pelo Ministério da Cultura para reconhecer, homenagear e imortalizar o nome e os feitos do autor da obra “Nós Matámos o Cão Tinhoso”, Luís Bernardo Honwana que este ano assinala cinquenta anos.

Homenagear e imortalizar o nome e os feitos do autor da obra Nós Matámos o Cão Tinhoso, Luís

 Bernardo Honwana, que este ano assinala cinquenta anos.

O anúncio foi feito na última quinta-feira, no pátio do edifício do Ministério da Cultura, em uma cerimónia organizada pelo próprio ministério e à qual foram convidadas figuras ligadas ao mundo das artes e cultura.

Testemunhos, descrições, declamações, coreografias e cânticos em prol de Luís Bernardo Honwana soaram desde a tarde à noite dentro, enaltecendo a grandeza e importância da obra Nós Matámos o Cão Tinhoso para o contexto sócio-histórico cultural do país.

Armando Artur, Ministro da Cultura, afirmou que o Ministério não poderia ficar alheio à celebração dos cinquenta anos da obra. “Prestamos um tributo que lhe será sempre devido como Homem das artes e letras, intelectual e, porque não, a primeira personalidade a ocupar o cargo de Ministro da Cultura neste país soberano. Como Secretário de Estado, Luís Bernardo Honwana, lançou as bases desta instituição a que chamamos Ministério da Cultura. Foi com ele que as matrizes que assentavam no Património da Cultura e na Acção Cultural ganharam raízes”, disse Artur.

O Ministro da Cultura enalteceu ainda que  vários projectos tomaram forma e conteúdo que hoje consubstanciam o Ministério da Cultura. “Celebramos pois, não só uma obra e um autor genial, mas também um grande gestor da Cultura, um dos responsáveis pelas grandes políticas culturais que ainda nos norteia à beira de comemorarmos 40 anos de existência como nação”.

Durante a cerimónia foi anunciado que o nome Luís Bernardo Honwana passará a ser prémio literário. “O nome Luís Bernardo Honwana passa a ser associado a um Prémio Literário de Ficção Narrativa para as primeiras obras de ficção dos novos autores moçambicanos, com uma periodicidade bianual, a coincidir com o Festival Nacional da Cultura. O regulamento será divulgado em Fevereiro próximo, de modo a permitir que o laureado seja anunciado na fase final do Festival Nacional da Cultura, a ter lugar  na cidade da Beira em 2016”, afirmou Armando Artur, Ministro da Cultura.

Na altura, Armando Artur entregou ao homenageado, um livro Nós Matámos o Cão Tinhoso encadernado, uma escultura de Vitor Sousa e um Diploma de Honra.

Abdil Juma que assinala 25 anos de carreira e cinquenta de vida, foi ao palco declamar em Changana e, ofereceu um disco seu contendo histórias e peças teatrais gravadas ao longo dos vinte e cinco anos.

Emocionado, Luís Bernardo Honwana, disse não ter palavras porque muito havia sido dito. Entretanto, reconheceu que o prémio deveria ser partilhado juntamente com os muitos funcionários que o receberam na altura, para dirigir a área cultural. Quanto ao livro, disse: “ o livro aconteceu num momento não muito diferente ao da minha chegada à dependência onde funcionava a área cultural.  Foi um momento mágico. O nosso trabalho tinha como pano de fundo a preocupação com a cultura, o que permitiu levarmos a cabo actividades pioneiras que desenvolvessem também outras áreas”.

Luís Bernanrdo Honwana visitou, antes da cerimónia, o edifício do Ministério da Cultura. “ É animador saber que as nossas preocupações culturais podem ser pensadas num edifício como este. Nós trabalhávamos numa dependência. E fico feliz por saber que hoje as pessoas podem e trabalham em lugar condigno”.

Frederico Jamisse

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