Ute Vilanculos é bombeira há sensivelmente dois anos. Alistou-se por vontade própria e afirma gostar da sua profissão. Com efeito, desafia todas mulheres a optarem e dedicarem-se a qualquer tarefa laboral, bastando ter coragem e disciplina.
Como tem sido a rotina de uma mulher bombeira?
É muito apertada, marcada por correrias. E, a cada dia que passa, vivo uma nova experiência. Mentiria se lhe dissesse que tem sido fácil porque requer muita força e dedicação.
Tem conseguido gerir a família, desempenhando esta função que exige muito de si?
Não tem sido fácil conciliar o trabalho e a família, sobretudo porque há momentos em que sou chamada ao serviço desprevenida. De qualquer forma, procuro me organizar listando as minhas tarefas e dividindo-as de acordo com o tempo de que disponho.
Quer revelar por que escolheu esta profissão?
Porque gosto de ajudar os outros. E para mim não existe profissão para homem ou para mulher, o mais importante é a entrega ao trabalho.
Quer narrar algum episódio que a tenha marcado no desempenho das suas funções como bombeira?
Um episódio que me marcou nesta profissão foi ter presenciado o desabamento do tecto de uma moradia consumido por chamas. Naquele dia percebi a importância deste trabalho, e compreendi, igualmente, quão perigoso é. O bombeiro lança-se ao serviço esperando tudo: salvar ou perder vida.
Texto de Virgínia Mussuruco