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Quero, posso e consigo

Por Idnórcio Muchanga

A festa começa no interior do “caldeirão”. Abre-se a janela de esperança, ao mesmo tempo, se concretizam vitórias daquele grupo de mulheres que encontra na magia da dança a coroa de rainha.

Com ginga e beleza sacodem os seus contornos, ao ritmo do R&B, hip-hop, ragga, afro music, entre outros; conquistam o troféu que dignamente as define. As mensagens são fortes, positivas… transmitem alegria.

Elas querem, podem e conseguem. Dançam, libertam-se, sorriem. Na verdade, este é o tão esperado fim dum exercício feito para “desafiá-las mental e fisicamente a serem melhores, a se sentirem poderosas…”. Deste modo, a mentora desta valorosa dica, uma mulher balzaquiana, pele de chocolate, traços delicados e rosto de menina ‒Nilsa Ribeiro, dançarina e socióloga – justifica a aliança entre a dança e a ciência.

Afirma que visa transformar o dia-a-dia de várias mulheres, algumas delas, a dado momento das suas vidas, se sentiram com a auto-estima no fundo do poço. Mas hoje, resgataram-na sem nenhuma cacetada e, a olhos vistos, assumem o poder que por pouco lhes fugiu do controlo.

A ideia não tem ainda barba branca, data de 2018, mas já se mostra tão produtiva a ponto de conquistar cada vez mais adeptos.

PASSAR MENSAGENS

ATRAVÉS DA DANÇA

Tudo começou com a aplicação do que seria definido como “improvável” aos olhos de algum céptico.

A verdade é que a formação, ao nível de mestrado, em sociologia rural fez com que Nilsa Ribeiro tivesse contacto com parte da população moçambicana vulnerável. Nessas circunstâncias, “eu passava algumas mensagens através da dança, o meu potencial. Instava a pessoa, especialmente a mulher, a desenvolver o seu, a expressar-se à vontade, levantar a auto-estima”.

Abra-se, entretanto, parênteses para dizer que Nilsa é co-fundadora do grupo de dança De-Já-Vu, que, em parceira com Neyda Narcy e a Duna, fez sucesso e brilhou nos palcos em apresentações com a cantora Dama do Bling e não só.

Esta experiência, adicionada à sua formação e visão de vida, fez com que, em parceria com o respectivo esposo, César Ribeiro, redactor de publicidade, criasse a OWN it, um estúdio de dança e fotografia. O projecto destaca-se por ter como foco especial a mulher, com o fito de empoderá-la através da dança.

O seu foco está em “fazer as pessoas gostarem de si próprias. Não importa se é magra, gorda… Deus fez-nos à sua medida e temos de nos amar como nós somos. Temos de amar as nossas imperfeições, pois elas é que nos fazem perfeitos”, defende. Leia mais…

Texto de Carol Banze

carol.banze@snoticicas.co.mz

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