Sociedade

Plano de resposta ao HIV ainda não foi aprovado

O documento que visa a aprovação do Plano Estratégico Nacional de Resposta ao HIV e SIDA para o quinquénio 2015/2019 ainda não foi aprovado, pois carece ainda de debate e enriquecimento.

Fonte do Conselho Nacional de Combate à SIDA disse ontem ao domingo que o o documento não está completamente fechado e o Conselho directivo recomendou mais atenção à determinados detalhes da estratégia.

De referir que o Plano Estratégico Nacional de Resposta ao HIV e SIDA incidiu fortemente na análise e discussão dos factores de risco e vulnerabilidade da rapariga à infecção por HIV, incluindo factores sócio-comportamentais.

Deste modo a partilha, apreciação e homologação da proposta do IV plano estratégico nacional aguarda por melhor momento, tudo indicando que só o próximo Governo poderá a ter uma palavra a dizer a respeito do seu conteúdo.

Dados disponíveis indicam que das 278 infecções que ocorrem por dia, adolescentes e mulheres jovens são as maiores vítimas, vingando, desta forma a tese que sustenta a feminização da epidemia no país.

Moçambique figura entre os dez países mais afectados pelo HIV e SIDA no mundo. Tem uma epidemia generalizada, cuja prevalência entre adultos de 15-49 anos é de 11,5 por cento.

Dado curioso nestas projecções é que mais de 60 por cento das novas infecções acontecem em mulheres.

Mais de 90 por cento das novas infecções ocorrem através de relações sexuais sem uso preservativo.

Em adolescentes dos 12-14 anos a prevalência é estimada em 1,8 por cento sem grandes diferenças entre raparigas e rapazes.

A prevalência em jovens mulheres dos 14-24 anos é de 11.1 por cento, três vezes maior que a prevalência entre os homens jovens da mesma idade (3.7 por cento)

Em Gaza, por exemplo, há 6 raparigas para cada rapaz infectado e em Sofala, 5 raparigas para cada rapaz infectado.

Entram aqui em cena factores biológicos que revelam maior exposição do tracto genital da mulher. Há maior quantidade de vírus no sémen que nos fluidos vaginais.

Por outro lado, há maior tempo de permanência do sémen nos órgãos femininos após exposição sexual.

As chamadas “normas sociais” prefiguram outros factores de risco.

O início precoce das relações sexuais, os ritos de iniciação e os casamentos prematuros têm aqui “uma importante palavra a dizer”.

 

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