Internacional

Xenofobia ‘obriga’ Buhari e Ramaphosa a discursos diplomaticamente correctos!

O presidente da Nigéria Muhammadu Buhari Visitou a África do Sul, entre 2 e 4 de Outubro corrente, um mês depois da última onda de Xenofobia. De facto, o centro da visita são os ataques xenófobos contra imigrantes de origem africana. Na realidade Buhari foi pedir explicação ao seu homólogo sobre os ataques aos cidadãos nigerianos residentes naquele país. O presidente Cyril Ramaphosa deve estar a viver momentos difíceis do ponto de vista político-diplomático porque muitos estados africanos afectados julgam que o governo sul-africano não faz o suficiente para prevenir os ataques xenófobos, o que pode ser verdade. Mas há também uma outra verdade que quase ninguém quer falar dela, a responsabilidade dos países de origem dos imigrantes.

Existe ou não uma responsabilidade dos países de origem dos imigrantes na África do Sul dado o perigo permanente de ocorrência de ataques? Tudo indica que existe sim. A prevenção da ocorrência de Xenofobia pode ser feita também a partir do ponto de partida dos Imigrantes através da educação e divulgação de informação sobre os perigos da emigração, principalmente a ilegal.

Quanto a educação, assim como se exige que a África do Sul eduque os seu cidadão sobre a história da luta contra o apartheid, de modo a consciencializá- -los da solidariedade dos países africanos, principalmente os vizinhos, na luta contra o apartheid, assim também os países de origem dos imigrantes devem educar os seus cidadão para saberem das implicações do fim do Apartheid. Os africanos que emigram para áfrica do Sul tem de saber que vão a um país que tem mais de cinquenta milhões de habitantes e mais da metade desta população vive na pobreza extrema. Que as políticas de inclusão ainda não começaram a sortir os efeitos desejados. Que o acesso a educação, emprego, água potável e outros serviços ainda é uma utopia para muitos sul-africanos. Que a opulência económica é aparente, porque controlada, ainda pela minoria branca, e portanto a áfrica do sul ainda está numa luta, como muitos países africanos, para a sua emancipação económica. Leia mais…

Por Paulo Mateus Wache* 

PWache2000@yahoo.com.br

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