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MSF aplaude Organização Mundial da Saúde

Por admin

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) aplaudiu as novas directrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o tratamento do HIV/SIDA, ao abrigo das quais todas pessoas vivendo com HIV devem ter imediatamente acesso ao tratamento antiretroviral (TARV)  independentemente do seu estado serológico.

Neste momento, cerca de 15 milhões de pessoas HIV positivas no mundo nem sequer sabem que estão infectadas. Testar e tratar de imediato pode mudar o curso do HIV, mas para se controlar a epidemia são exigidas mudanças drásticas e um aumento significativo de investimento com os cuidados de HIV, disse Tom Ellman, Diretor da Unidade Médica da África Austral da organização Médicos sem Fronteiras.

Acrescentou que recentemente líderes mundiais concordaram com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável para tornar a SIDA uma história do passado no prazo de quinze anos. Mas vão ter que mostrar que estão a falar a sério sobre isso. Ninguém vai acabar com a SIDA mantendo o mesmo modelo de tratamento, salientou.

O Fundo Global de Combate à SIDA, Tuberculose e Malária irá realizar a sua conferência de financiamento no próximo ano, naquele que será o primeiro teste ao compromisso dos doadores para utilizarem a melhor ciência para tratar todas as pessoas que vivem com o HIV no mundo.

A experiência dos programas de HIV da organização MSF mostra que ao longo dos últimos dez anos, um terço das pessoas que foram diagnosticadas com HIV, mas não elegíveis para iniciar o tratamento, nunca mais voltam à unidade sanitária.

Para alcançarmos o maior número de pessoas possível, o mais cedo possível, são necessários modelos de cuidados simplificados, envolvendo a auto-gestão dos pacientes que permitem às pessoas ter mais controlo sobre o seu próprio tratamento e cuidados, disse Dr Marc Biot, Coordenador de Programas de HIV em Bruxelas.

Em Moçambique, o tratamento ainda depende do nível de imunidade, ou seja, apenas com o CD4 menor ou igual a 350 o paciente pode iniciar o TARV (excepto mulheres grávidas).

Crianças com cinco anos ou menos e pacientes co-infectados com TB/HIV podem igualmente iniciar o tratamento imediatamente.

No entanto, o MISAU, em parceria com MSF em Tete, está a pilotar, em algumas unidades sanitárias, o tratamento numa fase mais precoce da doença (CD4 menor ou igual a 500), um passo importante para o acesso ao tratamento imediato para todas as pessoas que vivem com HIV. 

Além disso, o MISAU está a considerar pilotar as novas recomendações de “testar e tratar de imediato” para populações de alto risco (trabalhadoras de sexo, homens que fazem sexo com homens, camionistas de longo curso, entre outros).

 

 

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