Sociedade

Governo preocupado com a situação

O governo provincial de Manica mostra-se preocupado com a existência de menores em situação difícil e que lutam pela vida na cidade de Chimoio.

O chefe do Departamento da Acção Social na Direcção Provincial da Mulher e Acção Social em Manica, Eugénio Tomás, disse que o seu sector está a desencadear algumas acções de forma a acabar e/ou minimizar este facto.  

Para começar, segundo avançou, há sensivelmente dois anos foi feito um inquérito e constatou-se que cerca de 63 crianças estavam nessa situação. Desse número, 27 eram consideradas da rua e as outras apenas frequentavam a rua.

Eugénio Tomás disse que todos esses menores desempenham alguma actividade, a diferença é que algumas fazem essas actividades partindo das suas residências para rua e regressando no final da tarde ao convívio familiar, enquanto outras passam a vida na rua.

Facto preocupante, é que está a ser constatada a violação dos direitos das crianças, praticando o que Tomás considerou de exploração de mão-de-obra infantil.

E “também condenamos o desvio do comportamento exigido pela sociedade. Algumas crianças acabam pautando por comportamentos não desejáveis: roubam, consomem drogas, para além de outros crimes.”, disse o chefe do Departamento da Acção Social na Direcção Provincial da Mulher e Acção Social em Manica

Por seu turno, o director provincial de Trabalho de Manica, Mouzinho Alberto Carlos, disse que no passado, com o envolvimento duma agência das Nações Unidas, foi feito um levantamento em que se constatou que muitos casos estavam mesmo relacionados com o trabalho infantil. Foram encontradas muitas crianças a trabalharem na área da agricultura e do comércio. Aqui, petizes com idades inferiores a 14 anos eram usados nos quiosques e outros centros comerciais, trabalho até à alta hora da noite.

Quando procurávamos saber o que estava a acontecer, respondiam-nos que estavam a ajudar as tias e dificilmente tirávamos conclusões se se tratava de trabalho e se era em troca de alguma coisa. Outras, ainda, estão envolvidas juntamente com os seus pais no garimpo. Acredita-se que ganham algum dinheiro, ficam viciadas e, por tal, abandonam a escola”, referiu Mouzinho Carlos.

De acordo com Mouzinho Carlos, algumas situações ocorrem em empresas bem constituídas e com consentimento dos próprios proprietários .

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