Sociedade

Estamos a proteger os interesses dos munícipes– Calisto Cossa

O Presidente do Município da Matola, Calisto Cossa, defende que as acções em curso nos diferentes pontos daquela autarquia visam defender os interesses das comunidades que sofrem directamente o impacto das chuvas que se registam desde finais do ano passado.

O Conselho Municipal da Matola prossegue com intervenções tendentes a aliviar o drama causado pelas chuvas em bairros como Fomento, Liberdade, Nkobe e MachavaBunhiça.

No caso de Fomento e Liberdade, a abertura das valas para a passagem das águas implicou o derrube de muros de vedação de algumas residências e estabelecimentos, sobretudo comerciais.

Também foi derrubado um aqueduto que bloqueava a normal circulação das águas ao longo da vala.A acção não foi cordialmente recebida por alguns empresários, os quais, reclamam prejuízos nos seus negócios.

No dizer do Presidente do Município da Matola, Calisto Cossa, as intervenções visam aliviar o sofrimento de centenas de famílias com casas alagadas nos bairros do Fomento e Liberdade.

– Queremos prestar a nossa solidariedade aos munícipes que perderam seus bens e foram forçados a abandonar suas residências. Mas mais do que isso, estamos no terreno para de todas as formas minimizar os efeitos nefastos dessas chuvas, considerando que a época chuvosa ainda não terminou.

O edil da Matola vincou que “para nós o munícipe constitui a primeira, a segunda e terceira prioridade. Estamos a intervir para proteger os interesses supremos dos munícipes.Estamos aqui porque queremos servir. Somos servidores públicos e sendo assim os munícipes são a nossa prioridade”.

Tal como aclarou o dirigente, o objectivo do Conselho Municipal é criar condições de habitabilidade aos matolenseses porque “todos temos o direito de viver nas nossas próprias residências em condições aceitáveis para o ser humano”.

– Não podemos aceitar que um muro vede a passagem da água e essa água se aloje no quintal duma família. Não vamos aceitar, sublinhou Calisto Cossa.

Explicou que as acçõesem curso já estão a ter impacto directo nas comunidades, mas o desejável é resolver o problema duma vez por todas. “Não queremos continuar a sair à rua a correr com máquinas e camiões cisternas para chupar águas estagnadas sempre que chegar a época chuvosa. Desejamos que a água caia e siga o seu caminho até chegar ao mar”.

QUE SOLUÇÃO

PARA NKOBE?

O drama está também visível em alguns quarteirões do bairro Nkobe. Várias ruas estão intransitáveis e dezenas de casas estão alagadas. Curiosamente, muitas residências situam-se em zonas devidamente parceladas pelo Município.

– Nkobeé um dos bairros em estado crítico por causa das enxurradas. Há erros que nós cometemos e precisamos de corrigir. A Matola tinha cerca de 150 bacias de retenção de água que se intercomunicavam, mas hoje, onde tínhamos bacias temos construções.Significa que alguns bairros nasceram em locais impróprios.

Perguntamos ao edil da Matola o que fazer perante o actual cenário, tendo respondido nos seguintes termos:

– Em Nkobe fizemos um levantamento para a construção de valas de drenagem, mas antes há uma orientação para o nosso pelouro de obras e infra-estruturas avançar para o projecto de construção de bacias de retenção, isto é, fazer renascer as bacias que sempre existiram. De modo que, sempre que cair uma chuva, a água terá espaço para se alojar e ser aplicada para outras actividades como aquacultura e construção civil. E vamos vedar esses espaços para evitar perigos.

Calisto Cossa revelou que já foram identificadas três áreas para a construção das bacias de retenção, sendo a primeira no interior do bairro Nkobe, a segunda na Machava KM 15 e a terceira na zona do bairro do Fomento.

No caso do Fomento aquela bacia junto aos armazéns tem de ressurgir, senão “adeus aos bairros Fomento e Liberdade. Nós não queremos perder qualquer bairro na nossa Matola. Não queremos que as pessoas vivam dentro da água”.

Vias intransitáveis

serão recuperadas

Dezenas de vias, sobretudo terraplanadas, estão intransitáveis no Município da Matola na sequência das chuvas. A edilidade está no terreno a repor os solos arrastados pelas enxurradas.

Com efeito, prosseguem intervenções na via ligando os bairros T3 e Boquisso, numa extensão de 18 quilómetros. Calisto Cossa promete mais intervenções a partir de Fevereiro próximo.

– Mesmo em época chuvosa estamos a intervir nas vias. Neste momento decorrem intervenções na estrada T3 – Boquisso, no Posto Administrativo do Infulene. Também no Infulene acabamos de lançartrês concursos públicos para a pavimentação das estradas Khongolote – Molumbela (N1), Nkobe – Mapandane e Nkonoluene – Mapandane, para além da terraplanagem duma via ligando Kgongolote ao Mercado 7 de Abril, onde temos uma terminal dos Transportes semi-colectivos de passageiros.

Ajuntou que “infelizmente, na via Khongolote- Molumbela as chuvas criaram uma situação complicada de erosão, mas estamos no terreno a intervir. Na Matola Sede estamos a asfaltar a avenida 25 de Junho. Queremos continuar a ligar os nossos bairros”.

Nkobe, Mapandane e Khongolote são bairros localizados no interior da zona de expansão do município da Matola, conectando-se actualmente através de vias transitáveis apenas na época seca.

Os três concursos referenciados encerram na primeira quinzena de Fevereiro.

 

 

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