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Dito e Samito: sobreviver com lixo

Por admin

Ainda na senda de 1 de Junho, assinalado domingo passado, retratamos, a seguir, a triste sina de dois meninos que não puderam festejar condignamente. Dito José e Samito Ernesto Machava são petizes de dez e nove anos de idade.

 Actualmente vivem ao relento na cidade de Chimoio, capital da província de Manica. Ambos são órfãos desde tenra idade. Para conseguirem alimentos recolhem garrafas plásticas e de vidro para vender.

Os principais compradores são, na sua maioria, mulheres que se dedicam ao fabrico e venda de bebidas alcoólicas de tipo caseiro, sumos e vulgo maheu.

Cada garrafa vazia custa um metical. Diariamente, os dois meninos conseguem recolher do lixo mais de 50 vasilhames que vendem para conseguir dinheiro para alimentação.

No período nocturno, os dois meninos, por sinal muito amigos, passam por outro sofrimento que consiste em encontrar espaço para encostar a cabeça. Passam a noite em qualquer esquina Às vezes dormem mesmo no chão. Os cobertores são de sacos vazios. O cenário mais crítico acontece na época chuvosa.

Nem sempre aqueles petizes conseguem obter garrafas. Quando isso acontece, não terão comida. Para matar a fome, o plano de busca muda. Andam de lixeira em lixeira à procura de algo para encher o estômago. Restos de comida, em avançado estado de putrefacção, têm sido a alternativa para aqueles petizes que apresentam sinais visíveis de pobreza. Mesmo para obter roupa para tapar a nudez, os meninos dependem da boa vontade de algumas pessoas. 

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