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DICAS DA VOVÓ: A “moela” é para todos nós

Por Idnórcio Muchanga

– vovó Palmira Matsimbe, em conversa com o jornal domingo

Como bem diz a grandiosa actriz Viola Davi, tudo o que você precisa de fazer é mover as pessoas só um pouquinho, para mudanças acontecerem. Mas, ao fazermos uma inspecção internamente, encontramos uma sociedade que, desde os tempos idos, teima em criar barreiras físicas e psicológicas na vida da mulher, ignorando os ventos de mudança que até sopram com mais força. É caso para dizer que, de um lado, encontra-se o bloco dos que tentam a todo custo remover os impedimentos, mas do outro estão os que tentam – com recurso a parafusos e escudos – mantê-los, negando-se a desconstruir o injustificável.

Mas a vovó Palmira Matsimbe, em conversa com o jornal domingo, avisa que, “nestes tempos, tanto o galo como a galinha cantam”. Faz um recuo ao passado, em forma de desabafo, para lembrar que “sempre houve tendência a travar os passos da mulher”. Facto preocupante, conforme ela anota, é que “até na comida não se permitia que a mulher comesse coisas muito saborosas. Por exemplo, crescemos ouvindo que quem deve comer moela é o homem: o marido ou o genro. Mas nunca explicaram que mal a moela causa à mulher”. Por este motivo, a vovó Palmira dispara: “Para mim, isso não passava de malandrice, não nos davam moela por ser muito saborosa. Não há outra justificação”. Entretanto, afirma que ainda que, actualmente, exista algum machista de plantão, pode-se dar por vencido, afinal “há muitas moelas nos contentores (locais de venda). Quando sentimos vontade de comê- -las, compramo-las e preparamo-las. Moela é para toda gente, as boas coisas devem ser aproveitadas pelos homens e pelas mulheres!”, rematou.

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