O Serviço Nacional de Saúde continuará a envolver as comunidades, sobretudo das zonas rurais, na prestação de cuidados médicos aos doentes com HIV/SIDA que afecta 11,5 por cento dos cerca de 22 milhões de moçambicanos.
Segundo o Ministério da Saúde (MISAU), as comunidades provaram que desempenham papel de extrema importância na retenção de doentes no tratamento, através do contributo na provisão de fármacos.
Deste modo, sublinha ainda o MISAU, evitam desistências de doentes seropositivos que, por incapacidade de se deslocarem à unidade sanitária, interrompem, amiúde, o tratamento.
António Assane, director Nacional Adjunto de Assistência Médica, disse recentemente que os conselhos comunitários de saúde criaram grupos compostos por seis pessoas que se deslocam às unidades sanitárias onde levantam medicamentos para os doentes.
“Isso significa que o doente só vai uma vez para receber medicamentos”, disse Assane, apontando que 416 mil doentes seropositivos recebem tratamento antiretroviral em todo o país.
O outro mecanismo de envolvimento das comunidades, segundo a fonte, consiste básica e fundamentalmente no aumento da quantidade de medicamentos que o doente leva consigo.
Segundo Assane, a medida vai seguramente garantir que o doente não se desloque muitas vezes à unidade sanitária.