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Zimbabwe retoma hoje festejos do 1º de Maio

Por admin

Trabalhadores zimbabweanos juntam-se hoje no Rufaro Stadium em Harare para assinalar o seu dia, depois de o governo ter reavivado as comemorações do 1º de Maio. Nos últimos anos, esta data tinha perdido toda a importância de que se reveste, devido à politização do movimento sindical.

Os dois maiores sindicatos do país, a Federação dos Sindicatos do Zimbabwe e o Congresso dos Sindicatos do Zimbabwe alinham com os dois principais partidos políticos, nomeadamente, a Zanu-PF e MDC-T.

A ministra da Função Pública, Trabalho e Previdência Social, Prisca Mupfumira, disse que o governo procurou restabelecer os laços com o movimento sindical trabalhadores para melhor entender as suas preocupações.

Neste contexto, um grande número de ministros participa hoje nas comemorações do 1º de Maio para ouvir as reivindicações dos trabalhadores.

"O governo quer o melhor para os trabalhadores e estamos a voltar aos velhos tempos, quando o governo organizava o Dia dos Trabalhadores", disse a ministra.

"Nós também queremos ver quais os sectores que não estão sendo pagos devidamente e os ministros vão ouvir os desafios enfrentados pelos trabalhadores num exercício para restabelecer a aproximação entre o governo e os trabalhadores "- clarificou aquela dirigente.

Para a ministra Mupfumira os sindicatos devem ser genuínos e apartidários. "Estamos num processo de finalização de novas reformas laborais e eu preciso da participação de todos  os trabalhadores para expressar as suas opiniões dando voz a todos"- vincou a ministra.

O Secretário-geral da Federação dos Sindicatos do Zimbabwe, Kennias Shamuyarira, congratulou-se este desenvolvimento dizendo que tudo isto resulta do acordo alcançado há três meses. "É algo de que estamos cientes", disse Shamuyarira, acrescentando que os trabalhadores devem convergir numa agenda comum.

Na Zâmbia quer-se um 1º de Maio pacifico

Na Zâmbia, os partidos políticos concordaram em manter a paz e a ordem durante as celebrações do Dia Internacional do Trabalhador.

O Chefe do Gabinete do Conselho de Ministros, Roland Msiska, disse após a reunião com os partidos políticos que estes concordaram em manter a paz, porque o 1º de Maio é um o dia dos trabalhadores e estes merecem ser tratados com a dignidade.

Msiska disse que as partes concordaram que cada partido político não deve trazer mais de 100 manifestantes nas festividades de hoje e que a lista de participantes deveria ser entregue ao Congresso dos Sindicatos da Zâmbia.  

"Recordando a violência política que eclodiu durante as celebrações do Dia da Juventude a 12 de Março último, todos os partidos políticos comprometeram-se a evitar a repetição de situações de género ao longo do dia de hoje"- disse Msiska.

Este 1º de Maio antecede a realização das eleições zambianas marcadas para Agosto e todos os partidos políticos disputam um espaço mediático recorrendo nalguns casos a violência, para fazer valer as suas posições.

Avelino Mucavela,em Blintyre, Malawi

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