A Rua Marcelino dos Santos, via que atravessa grande parte do bairro de Chamanculo, em Maputo, foi aberta à circulação rodoviária, na passada quarta-feira.
Trata-se de uma obra feita em “pavet”, com mais de dois quilómetros de extensão, orçada em 191 milhões de meticais, cuja inauguração deixou os moradores de Chamanculo em autêntica “ebulição”.
Falando no acto inaugural, que contou com a presença de uma delegação ao mais alto nível do Município de Luanda, Angola, o edil de Maputo destacou que se tratava de uma obra municipal que resulta do Orçamento Participativo e das contribuições de cada um dos munícipes.
David Simango apelou para a conservação da via, para a não utilização da vala de drenagem como esgoto para as águas negras e para que os passeios não sirvam como locais de venda de produtos.
Simango destacou que, na fase da sua construção, a edilidade teve que desembolsar 13 milhões de meticais em reassentamentos e compensações de famílias cujas casas foram afectadas pelo traçado da via.
Na ocasião, o edil deu a conhecer que, dentro de poucos dias, será dado seguimento ao projecto, prevendo-se que, seja construída uma via que liga a Rua Amaral Matos até o Xipamanine, numa extensão de 700 metros. A via vai ter outros cerca de 400 metros que levarão até à Rua Carlos Morgado (ex-Gago Coutinho).
O patrono da estrada, Marcelino dos Santos, não escondeu a sua satisfação e recordou as dificuldades de transitabilidade que os moradores ali enfrentavam, particularmente nos dias de chuva, em que as pessoas se viam obrigadas a arregaçar as calças e saias para atingir as suas residências.
“Saber falar para fazer um bom trabalho é muito positivo. Nós temos que saber resolver todos os problemas que temos. Não devemos entupir as valas, por exemplo. Se esta estrada fosse para sacrificar o povo, eu não viria cá hoje”, disse Marcelino dos Santos.
Tal como referiu aquele poeta e combatente da Luta de Libertação Nacional, “já é tempo de o nosso povo ter casas condignas”.