Revisto: Benjamim
Texto: Bento Venâncio
Usam redes mosquiteiras para cerco de hortas e pesca. Desfrutam tão pouco das mesmas quando na equação está a sua própria protecção de picadas de mosquitos. Esta atitude de alguns cidadãos de Manica (e não só) tira sono ao Ministério da Saúde (MISAU) e parceiros que investiram milhares de dólares na prevenção da malária, visando sobretudo a protecção de mulheres grávidas e suas crianças que podem sofrer as mazelas mais graves, com anemia à mistura.
Em Moçambique, a malária constitui um dos principais problemas de saúde pública. Segundo o MISAU, tal deve-se a factores socioeconómicos (pobreza e meios de prevenção inacessíveis), climáticos e ambientais (temperaturas e padrão de precipitação) que favorecem a sua transmissão ao longo de todo o ano, atingindo o seu ponto mais alto após a época chuvosa (Dezembro a Abril).
O “Plasmodium falciparum”é apontado pelas autoridades sanitárias como o parasita mais frequente no país, sendo responsável por cerca de 90 por cento de todas infecções maláricas.