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Gás natural à porta de casa

Por admin

Desde o início da exploração do gás de Pande/Temane, na província de Inhambane, em 2004, o sector do gás natural tem estado a crescer e a expandir-se no país, com crescimentos 

médios estimados em 5.3 por cento por ano entre 2006 e 2011. A título de exemplo, em 2011 a produção total foi de um pouco mais de 130 Tera Joule (TJ) – unidade de medição que corresponde a 1012 joules – contra os cerca de 51 TJ registados em 2004.

Com o começo da produção em grande escala, em 2004, o consumo deste recurso em Moçambique tem registado um aumento de cerca de 24 por cento ano e o uso deste produto para a produção de electricidade tem estado a crescer cerca de 23 por cento ao ano.

Durante o período compreendido entre 2004 e 2011, aproximadamente 95 por cento do gás natural produzido foi exportado, escassos 0.2 por cento é que foram usados para produção de electricidade e outros dois por cento constituem o consumo próprio, ou seja, usados no processo mesmo de exploração do gás natural.

Entretanto, desde 2005, a Matola Gas Company (MGC) opera os cerca de 100 quilómetros (km) do gasoduto de gás natural que, partindo do ponto de entrega situado em Ressano Garcia, liga à Matola, a sul de Maputo, e distribui para diferentes indústrias tais como a Cimentos de Moçambique, MOZAL, Coca-Cola SABCO, entre outras empresas localizadas na zona industrial da Matola.

Para ampliar o consumo, o governo tem estado investir na construção de condutas de gás na província e cidade de Maputo para que indústrias e até famílias tenham acesso directo ao gás e a incentivar o uso deste combustível para viaturas, o que até é mais barato quando comparado com a gasolina.

Mas os ganhos também advém do pagamento de compensações em gás ou em dinheiro que são pagos pela empresa que explora este recurso mineral. Esta compensação vai até os cinco por cento da exportação total e, até 2011, o consumo de gás natural em Moçambique tem sido menor do que aquele a que o país tem direito como compensação. Porque a capacidade interna de consumo é ainda diminuta, o governo tem optado por vender o gás correspondente à compensação para a África do Sul e recebe o valor correspondente em dinheiro.

O que anima neste sector é que a Bacia do Rovuma tem estado a fervilhar de descobertas de grandes jazigos de gás natural e, pelas quantidades até aqui encontradas, Moçambique já se posiciona nos lugares cimeiros em termos de potencial produtivo.

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