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Fístula obstétrica: buraco no corpo e na alma

Por Idnórcio Muchanga
  • Menos de 50 por cento das mulheres nas zonas rurais tem um parto assistido e condigno, de acordo com dados apresentados por Igor Vaz, médico urologista

A falta de assistência ao parto, bem como a tomada tardia de decisões no atendimento na unidade sanitária podem custar um preço altíssimo na vida da mulher. Ela corre o risco de ter um buraco formado entre a vagina e a bexiga, ou canal retal de onde escapam urina e fezes de forma contínua, sem controlo.

Dados divulgados pelo médico urologista Igor Vaz, no Dia Internacional da Fístula Obstétrica, comemorado a 23 de Maio, indicam que Moçambique chega a registar de 1500 a 2000 de casos por ano.

O especialista avançou ainda que o país tem um programa nacional virado para esta problemática. É na esteira disto que a organização Focus Fístula realiza operações e dá formação em cirurgia a fístulas.

Entretanto, enquanto não chega a vez de a mulher se livrar deste martírio, a sua vida é marcada por um buraco no corpo e na alma. É o que se pode depreender dos relatos que domingo traz nesta edição, que revelam o sofrimento de quem praticamente vê o seu espaço de actuação e de circulação limitado na sociedade.

FRALDAS PARA MÃE E BEBÉ

Quem se imagina na situação de “dividir” fraldas com o seu bebé recém-nascido? Pois foi exactamente o que aconteceu com S. Adriano, de 26 anos, natural e residente em Maputo. Leia mais…

TEXTO DE CAROL BANZE
carol.banze@snoticicas.co.mz

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