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Exaltação da paz e amor marcam celebrações

Por admin

Cidadãos celebraram a passagem do 25 de Dezembro, Dia do Natal e da Família em clima de grande festa, apelando, sobretudo, para que a paz, o amor e a solidariedade perdurem para sempre nos corações dos moçambicanos. De uma forma geral, as festividades deste ano ocorreram sem graves incidentes no país. Os preços dos produtos revelaram tendência estável.

 

Não ignoramos, contudo, algumas carências já habituais quando este momento chega. Crianças de rua que vivem longe do conforto familiar. Idosos abandonados à sua sorte e doentes em sofrimento nas enfermarias.

A todos estes dificilmente a frase “Feliz Natal” ecoa.

A solidariedade, amiudadas vezes expressa-se como o paliativo da infelicidade e, com muita satisfação, apuramos que em todas as capitais provinciais foram promovidos “Natais de Doentes”. Meninos e idosos foram igualmente acarinhados.

No distrito de Manica, por exemplo, agentes económicos ofereceram almoço a 270 doentes internados no hospital distrital local. A refeição foi presenteada por ocasião do Natal e custou 175 mil meticais aos empresários de diversos ramos de actividades, valor proveniente das contribuições.

O vice-presidente da Associação dos Agentes Económicos de Manica, Acácio Gonçalves, falando ao domingodisse que o objectivo é promover a nobre causa de conviver com aqueles que precisam de assistência para sua recuperação.  

Para além da refeição por ocasião do natal, os empresários ofereceram outros produtos destinados aos doentes internados no Hospital Distrital de Manica, com particular destaque para quantidades consideráveis de frangos.

FESTA NA PRAIA

DA COSTA DO SOL

Dezenas de famílias residentes em diversos bairros da capital escolheram a praia de Costa do Sol para celebrarem a Festa do Natal ou do Dia da Família.

A escolha deveu-se ao calor intenso que se fez sentir na passada quinta-feira em Maputo que alcançou os 38 graus centígrados.

A movimentação de pessoas vindas de diversos pontos de Maputo com destino àquelas bandas começou muito cedo, a partir das 9:00horas.

Famílias inteiras levavam consigo diversos produtos alimentares, alguns confeccionados, outros não, para além de bebidas alcoólicas e refrigerantes.

A nossa Reportagem apurou no local que algumas famílias foram para ali parar induzidas pelo negócio, juntando, deste modo, o útil ao agradável.

De entre os divertimentos escolhidos pelos munícipes na praia destacam-se a dança e partidas de futebol.

Eduardo Albino Mondlane, residente do bairro Maxaquene, município de Maputo, conversou com a nossa equipa de Reportagem, enquanto mergulhava. Disse que estava na praia para se descontrair enquanto o resto da família fazia últimos preparativos em casa.

“As senhoras ficaram a cozinhar em casa. Daqui há nada vamos sair para lhes buscar para passar o resto do dia aqui. Só que lamentamos o facto De os supermercados que funcionam nas proximidades da praia estarem fechados”,disse.

Maria João é outra munícipe que conversou connosco. Residente no bairro Magoanine, em Maputo, disse que estava na praia com a família para desfrutarem do clima de relaxamento ali existente.

“Por enquanto está tudo bem. Mais logo voltaremos para casa onde vamos passar o resto do dia com outros membros da nossa família que não puderam vir para aqui. Preparamos carne de porco e frangos. Temos também bebidas”,referiu.

Sérgio Macia, residente no Bairro Guava, é outro cidadão que levou a família para passar o Natal na praia. “O ambiente está favorável”, apontou.

Atendendo que alguns dos presentes na praia mergulhavam em estado de embriaguez e estavam ali cidadãos que têm dificuldade de nadar, o Corpo de Salvação Pública tinha homens distribuídos em vários pontos da Praia da Costa de Sol para pronta intervenção.

Este clima de festa é reportado por quase todos os cantos do país, onde famílias se juntaram em quintas, praias ou outros locais de veraneio para assinalarem o dia ou mesmo “colocar a conversa em dia”.

De uma forma geral, as festas foram marcadas por ambiente ordeiro, sem incidentes graves. Na cidade de Chimoio, capital da província de Manica,  a Polícia da República de Moçambique (PRM) afirma, de viva voz, que a população soube ser, estar e dar resposta aos apelos lançados pela corporação nos dias que antecederam a festa do dia da família e do Natal.

Tal resposta traduziu-se no bom comportamento caracterizado igualmente por uma conduta de vigilância e denúncia de qualquer situação que perturbasse a ordem e tranquilidade públicas.

Como fruto desta contribuição popular, a polícia registou no dia 25, apenas um caso criminal que culminou com a detenção de um indivíduo e a recuperação de três motorizadas que haviam sido roubadas na cidade de Chimoio.

A recuperação das motorizadas ocorreu nos bairros Centro Hípico e Nhamadjessa. O porta-voz da PRM em Manica, Vasco Matusse explicou que no período em alusão, o PRM registou um acidente de viação que saldou em três feridos ligeiros.

O sinistro foi de tipo despiste e capotamento e aconteceu no distrito de Manica. Ainda no trabalho considerado de rotina, envolvendo o Instituto Nacional de Transportes Terrestres (INATTER), a Polícia de Trânsito aprendeu no Dia da Família três livretes e apreendeu 17 cartas de condução por diversas irregularidades.

Por outro lado, as autoridades sanitárias naquela província afirmam igualmente que a festa natalícia foi relativamente calma. O director clínico do Hospital Provincial de Chimoio (HPC), Jorge Vicente, disse que, contrariamente ao ano passado, o dia da família foi comemorado num ambiente de urbanidade.

No passado dia 25, a maior unidade sanitária da província de Manica atendeu 171 pacientes, dos quais treze vítimas de acidente de viação e 32 que sofreram agressões físicas.

Jorge Vicente que falava em jeito de balaço por ocasião da festa do Natal, mencionou ainda que aquela unidade sanitária funcionou com um stock 94 unidades de sangue que serviram para assistência de 25 pacientes que deram entrada necessitando deste preciso líquido.

Aumenta procura

de transporte de passageiros

A procura de transporte de passageiros no Terminal Rodoviário de Transporte Interprovincial da Junta, na cidade de Maputo, aumentou desde a passada segunda-feira, 22.

domingo apurou que entre os dias 22 e 23 de Dezembro partiram daquela terminal 16 mil e 146 passageiros em 778 viaturas. Só no dia 23 foram transportados a partir daquele terminal 8 mil e 788 passageiros, contra dois mil dos meses anteriores.

A maior parte dos passageiros são pessoas que regressam às suas zonas de origem para celebrarem as festas de Natal e Final do Ano com suas famílias. Alguns destes vêm do país vizinho, África do Sul, e têm como ponto de partida a cidade e província de Maputo.

Muitos transportadores deixam o terminal às 4 horas de madrugada. A Reportagem do domingo,que trabalhou na passada quarta-feira naquele terminal, encontrou muitos passageiros frustrados com esse cenário, uma vez que o seu objectivo era celebrar o dia 25 de Dezembro no seio familiar.

 Orlando Mucavele é, de entre vários passageiros, o que viu os seus planos caírem por água abaixo no terminal da Junta. Proveniente da vizinha África do Sul, chegou depois de os autocarros de Inhambane terem saído. No local, recebeu a informação de que a viagem só devia acontecer nas primeiras horas do dia 25 de Dezembro, alegadamente porque os carros que estavam na escala tinham partido.

“Infelizmente, vou passar aqui o 25 de Dezembro, facto que não estava nos meus planos. É triste, acho que nessas alturas tinha que haver mais autocarros, porque a procura é maior. Nós que viemos de muito longe é que saímos prejudicados”,rematou.

Por seu turno, Eyon Macuácua, residente no distrito de Moamba, província de Maputo, disse que estava no terminal desde as 11 horas do dia 24 de Dezembro. Contudo sem transporte para visitar a família.

“Vou para Inhambane passar as festas com os meus pais, mas está a ser difícil apanhar transporte. Até agora não sei se será possível seguir a viagem hoje uma vez que há informação que os carros só saem de manhã”, referiu. 

Entretanto, contrariamente ao que dizem os passageiros, Inês Mindo, gestora do terminal, garantiu à nossa equipa de Reportagem que actualmente não falta de transporte para as três regiões do país.

“Temos autocarros para todas as províncias. Os que escalam as províncias das regiões centro e norte, saem cedo, porque vão para muito longe, explicou. 

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