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Epilepsia: um mal ladeado por mitos

Por Jornal domingo

TEXTO DE HERCÍLIA MARRENGULE

De mês a mês, quinzenalmente ou toda a semana. Sem nenhuma causa aparente, nem um sinal de alerta. De repente, um apagão na memória. Enquanto isso, durante alguns minutos, o corpo debate-se. A salivação intensifica-se. Espuma pela boca. Os olhos reviram e, por vezes, urina ou defeca. “É como se a vida parasse durante alguns minutos e quando retornámos nos vemos numa situação constrangedora”. Estes são sintomas com os quais Eugénia Baloi de 23 anos convive durante muitos anos.

Trata-se de uma crise epiléptica generalizada, um tipo de epilepsia severa, doença que acomete a jovem de tão pouca idade. Como ela, milhares de pessoas são afectadas pela mesma doença em Moçambique, razão pela qual constitui uma das maiores preocupações do sector da Saúde.

Aliás, segundo apurou a nossa Reportagem, a epilepsia ocupa a primeira posição, em termos de procura nos serviços psiquiátricos e nas consultas neurológicas, comparativamente a outras doenças mentais.

Ainda assim, estima-se que 85 por cento de pessoas com epilepsia no país não recebe o tratamento de que necessita devido aos mitos em torno da doença.

Comummente chamada de “doença da lua”, é na maioria das vezes, associada a problemas espirituais. Mas a doença tem explicação científica e até tratamento. Trata-se de uma condição clínica crónica, caracterizada por descargas eléctricas ao nível do cérebro, que se manifesta em forma de convulsões. As crises podem também ocorrer de forma leve, quando as descargas limitam-se a uma área do cérebro. Leia mais…

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