O porta-voz do Comando Provincial de Maputo, Emídio Mabunda, afirmou que a corporação desencoraja patrulhas organizadas pela população dos bairros afectados pelo fenómeno de assaltos e
violações sexuais de mulheres, crianças e pais de famílias.
Nestas patrulhas, feitas para fazer face aos criminosos, os populares empunham instrumentos contundentes, tais como catanas, facas da cozinha, pás, machados, paus, ancinhos, apitos, vuvuzelas, entre outros e os vigilantes não têm nenhuma formação militar ou paramilitar.
Para Emídio Mabunda, a Policia da República de Moçambique (PRM) é a força indicada para garantir a segurança do cidadão e combater o crime organizado nos bairros da cidade e província de Maputo.
A pelou aos secretários dos bairros para formarem uma equipa de jovens para fazerem parte do Conselho de Policiamento Comunitário da Comunidade (CPCC), de modo a trabalhar juntamente com a Polícia, porque, supostamente a população usa a patrulha para vandalizar viaturas, espancar pessoas inocentes e desestabilizar a ordem pública.
Segundo Mabunda, no bairro de Tsalala, no município da Motala, os populares que estavam em patrulha espancaram continuamente um jovem que regressava do serviço e não estava em conexão com o suposto grupo, denominado “G20”.
O porta-voz do Comando Provincial de Maputo reconheceu que há um mês aquela autarquia registou cinco casos de assaltos à mão armada em residência, seguidos de violações sexuais, nos bairros de T3, São Dâmaso, Ndlavela e Khongolote.
Entretanto, garantiu que a onda de criminalidade na cidade da Matola está controlada, uma vez que foram neutralizados oito elementos munidos de duas armas de fogo e instrumentos contundentes no bairro de São Dâmaso.
“Nos últimos tempos, para além das vandalizações populares nas ruas durante a patrulha, a PRM ainda não registou nenhum assalto ou violação sexual. A título de exemplo, há locais em que ainda não se registou nenhum crime, mas os moradores organizaram-se para fazer patrulha. A população está agitada”, disse Mabunda.
De acordo Emídio Mabunda, a PRM está a envidar esforços para conseguir apurar quem são os indivíduos que colocam panfletos publicitários com nomes das pessoas, que supostamente serão assaltadas nos próximos dias.