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CRIMES CONTRA LIBERDADE SEXUAL: Sensibilidades divergentes atrasam decisão sobre agravamento de penas

Por Jornal domingo

TEXTO DE CAROL BANZE

FOTO DE CARLOS UQUEIO

“Há muita coisa da minha infância que não me vem à memória. Mas o que aconteceu naquele dia não se apaga. O meu primo deu-me uma banana e uma laranja. Aceitei. Depois, levou-me para o quarto. Enquanto eu comia, ele despia-me o vestido cor- de-rosa de babados. Depois colocou-me na cama e começou a aleijar-me. Naquele momento, eu não tinha noção do que estava a acontecer, tinha apenas 5 anos. Por isso, não disse nada aos meus tios. Cresci pensando que aquele homem tinha-me ferido com uma cobra. Mais tarde, entendi e concluí: fui violada sexualmente”. Este é um relato real, exposto ao domingo por uma vítima, hoje, mulher de mais de quarenta anos de idade.

O crime ocorreu em casa dos seus tios maternos. A então criança foi vítima de um homem a quem tinha sido atribuída a função de “cuidador”, na ausência dos mais velhos. O grito de “Manuela”, assim identificada nesta matéria, era somente “audível”, ou seja visível através de desenhos: “eu desenhava figuras que reflectiam relações sexuais entre adulto e criança”. Contudo, a mensagem era descodificada de forma divergente. Com efeito, a forma que encontrou de revelar o crime que sofrera não teve uma resposta à altura: “Levei muita porrada da minha mãe. Ela não entendia o porquê dos meus desenhos”, revelou. Leia mais…

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