Reportagem

Chuva intensa atrapalhou

A chuva intensa que caiu toda semana na cidade de Chimoio e um pouco
por toda província de Manica complicou os preparativos e a comemoração
condigna da passagem do ano 2014/15 porque se intensificou ao longo do dia 31 de Dezembro a ponto de tornar impossível a movimentação de pessoas e bens.

Os que, por diversas razões, quiseram fazer compras de última hora viram-se obrigados a suspender, socorrendo-se do pouco que sobrou
do dia da família. Muitos mercados ficaram as moscas devidos as
enxurradas. Nos bairros, as ruas ficaram quase intransitáveis e
algumas casas desabaram deixando varias famílias sem abrigos.

Desconhece-se até então o número exacto de famílias que perderam os seus pertences mas, conforme apuramos, as autoridades locais estão a proceder ao levantamento das vítimas para eventuais apoios de
emergência.

Por causa da chuva, a circulação dos transportadores semi-colectivos de passageiros foi parcialmente paralisada, o que terá condicionado a circulação daqueles que pretendiam celebrar a data junto de familiares e amigos noutras regiões de dentro e fora da província.

Sem acesso a meios de transporte, muitos optaram caminhar debaixo da chuva. Marcos Filipe, por exemplo, disse que esperou durante cerca de uma hora. Cansado, terá decidido para evitar transtornar a família que o aguardava.
O nosso entrevistado referiu ainda que a situação agrava-se com o
avançado estado de degradação das vias de acesso. “Quando chove, muitas
ruas de Chimoio não tem o sistema de drenagem para evacuar as águas
que fica concentrada na via pública. Quando isso acontece, a condução
torna-se cada vez mais difícil e danifica as viaturas
”, disse.

Paulina, residente do distrito de Sussundenga, há 41 quilómetros da
cidade de Chimoio, explicou que tinha permanecido na paragem por cerca de duas horas a ponto de duvidar da possibilidade de chegar a casa a tempo de celebrar com a família.

Foguetes ferem seis pessoas

Seis pessoas contraíram ferimentos graves e ligeiros causados pelo
mau uso de objectos pirotécnicos. Os casos ocorreram nos bairros Centro Hípico, 7 de Setembro e Cinco (Fepo) e deram entrada no Hospital Provincial de Chimoio (HPC) depois da meia-noite.

As vítimas sofreram queimaduras e parte destas terão recebido tratamentos e alta quase imediata à excepção de um jovem que ficou internado por se encontrar em estado grave pois perdeu os cinco dedos da mão direita.

Em contacto com o nosso jornal, o chefe da equipe de enfermeiros de serviço no banco de socorros da maior unidade sanitária da província, Malizane Calisto, contou que o jovem ficou mutilado e esta a ser assistido na enfermaria de cirurgia.

Segundo explicações daquele profissional de saúde, “o
foguete explodiu em sua mão tendo queimado todos dedos. O que podemos afirmar é que ele perdeu os cinco dedos da mão direita. Neste momento estamos a trabalhar para curar as feridas. Esses são problemas que ocorrem rotineiramente por estas alturas
”.

Por seu turno, a Polícia da Republica de Moçambique (PRM), em Manica, afirma que a transição do ano decorreu num ambiente de calma e
tranquilidade. A corporação não registou nenhum acidente de viação nem
ilícito criminal durante aquela noite.

Domingos Boaventura

mingoboav@gmail.com

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