A barragem de Moamba Major, a construir ao largo do rio Incomáti, antes da confluência com o rio Sábié, vai custar qualquer coisa como 600 milhões de dólares americanos no total, incluindo a componente de abastecimento de água. Sem esta importante componente iria custar pouco mais de 400 milhões de dólares.
Para além destes objectivos essenciais, iria contribuir para regular o curso principal do rio Incomáti, pois, segundo o Director Geral da ARA Sul, Belarmino Chivambo, neste momento Moçambique só regula o rio Sábiè.
Desvantagem da infra-estrutura: não é barragem comercial, pois não tem como finalidade a produção de energia, por exemplo. É mais uma barragem para abastecimento de água.
Ou seja: ao construir esta infra-estrutura, o Governo não pode equacionar retorno financeiro imediato, devendo contentar-se apenas no seu impacto socioeconómico.
Barragem de Corumana
O Banco Mundial irá mesmo financiar a conclusão de comportas nesta importante infra-estrutura, operação de custo relativamente maior, tratando-se de uma barragem que já existe.
De acordo com o Director Geral da Ara Sul, Belarmino Chivambo, Corumana serve também como fonte de abastecimento de água à cidade de Maputo.
O nosso entrevistado ressalvou que no caso de Corumana as bases estão lançadas e a Direcção Nacional de Águas está na fase de actualização do projecto, havendo condições técnicas que devem ser revistas.
Chivambo sublinhou que parceiros internacionais como o Banco Mundial percebem que a barragem de Moamba Major é importante para Moçambique, porque à semelhança de Corumana, podia contribuir na expansão da rede de abastecimento de água à cidade de Maputo, contudo preferem avançar para esta última porque grande parte da infra-estrutura já existe.
Mesmo assim, os custos de conclusão da barragem de Corumana estão próximos dos 100 milhões de dólares.
É importante referir, por outro lado, que Corumana garante, neste momento, água para Xinavane, Maragra, assegurando produção no Incomáti. Deverá continuar a ser o pivot para o desenvolvimento.
Barragem de Mapai
A barragem de Mapai, bastante desejada para mitigar cheias no Limpopo e assegurar água à zona semi-árida, no norte de Gaza, tem problemas de preço: custaria mil milhões de dólares americanos.
Segundo estudos preliminares, Mapai teria uma capacidade para dez mil milhões de metros cúbicos, três vezes a capacidade da barragem de Massingir.
Desvantagem: não é propriamente para produção de energia. Sua importância assenta na produção de comida e controlo de cheias. Não é uma barragem comercial.
Barragem de Massingir
Mais de metade de financiamento da reabilitação da barragem de Massingir assegurou a reabilitação do Regadio do Baixo Limpopo, o que estimulou pequenas iniciativas como Sistema de Crédito do Baixo Limpopo, Cooperativas de Pequenos Agricultores no Baixo Limpopo, o que resultou na criação da Empresa Regadio de Baixo Limpopo, que neste momento está expandido inclusive para áreas maiores.
Em Massingir foram implementadas obras para construção de comportas.