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VI SESSÃO DO COMITÉ CENTRAL: Dívida externa não é única e principal agenda do país

Por admin

O Presidente da Frelimo e da República, Filipe Jacinto Nyusi, apela a todos os compatriotas para aderirem ao projecto nacional de aumento da produção e produtividade em todos os sectores de actividade, pois, segundo defendeu, perante as inúmeras adversidades com que os moçambicanos se debatem “a agenda do país não se resume ao assunto da dívida externa”.

Acrescentou, no entanto, ser interesse do Governo e de todo o povo moçambicano que a investigação esclareça os contornos do processo que envolve instituições nacionais, fornecedores e bancos internacionais.

Na oportunidade disse que, no seu entender, o relatório tornado público pela Procuradoria-geralda República aponta haver irregularidades capazes de indiciar crime.

Todavia, chamou à atenção para se deixar a justiça trabalhar “dentro do espírito de separação de poderes, sendo que o Governo vai continuar a colaborar com a Procuradoria-geral da República na implementação das recomendações da Kroll, entretanto sem pré-julgamentos para que não se corra o risco de usurpar competências dos que detêm o respectivo poder”.

Filipe Nyusi fez lembrar que as experiências internacionais mostram que casos desta natureza têm requerido tempo de investigação, reiterando que o seu executivo vai continuar a dar o seu apoio de modo a contribuir para uma maior celeridade do processo.

Disse ser sua esperança e convicção que todas as forças vivas da sociedade, bem como parceiros internacionais, vão encarar com racionalidade e sem percepções e pré-condições intermináveis aos desafios que Moçambique enfrenta.

O presidente do partido no poder encerrava desta maneira a VI Sessão Ordinária do Comité Central da Frelimo (CC) realizada na semana finda na cidade de Maputo, que na verdade se assumiu como uma espécie de antecâmara do XI Congresso agendado para Setembro próximo, razão por que chamou a si acalorados debates sobre a vida política, económica e social do país.

A sessão do Comité Central, na avaliação de Filipe Nyusi, foi bastante produtiva e repetindo o que havia dito na abertura do mesmo encontro, tratou-se duma reunião “operativa” a avaliar pela agenda, constituída pela apresentação dos relatórios do Gabinete Central de Preparação do XI Congresso, proposta do respectivo Regimento, revisão dos estatutos do partido e do programa para os próximos cinco anos, entre outros aspectos.

“A reunião destina-se a aprovar os instrumentos que já estão na nossa posse e mereceram, durante todo esse percurso, o seu aprofundamento. Percorremos um longo caminho até aqui. Disponibilizámos mais tempo e espaço suficiente para que todos pudessem se apropriar destes instrumentos, sendo esta uma das formas de inclusão interna na Frelimo a que sempre nos referimos, e defendemos”, dissera.

Negociar a paz sem (nem por) medo

Filipe Nyusi referiu-se à questão da paz que preocupa a todos os moçambicanos, garantindo que continua a trabalhar para que seja efectiva e que as pessoas devem ter em mente que negociar não é (nem tem sido) tarefa fácil.

“Continuamos a levar avante a incumbência da IV Sessão do Comité Central dialogando sem medo e nem por medo. Temos a consciência de que negociar não é tarefa fácil e não tem sido. Dialogar é moralmente arriscado mas acreditamos que é a coisa certa que temos estado a fazer. A Frelimo sempre afastou a visão de que o diálogo significaria alienar os valores e princípios fundamentais”,disse. 

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