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Sibindy defende adiamento das eleições

Por admin

O líder do PIMO, Yaqub Sibindy, considera que “o país está de luto” e os políticos “não estão em condições morais de pedir voto as vítimas de calamidades naturais”

O líder do PIMO Bloco da Oposição Construtiva, Yacub Sibindy, defende o adiamento da realização das eleições autárquicas agendadas para 20 de Novembro próximo alegando que não há condições morais para os políticos pedirem votos à população que neste momento está a reerguer-se depois dos efeitos nefastos das calamidades naturais, que causaram centenas de mortes e destruição de várias infra-estruturas sociais com enfoque para habitações.

 

Sibindy “abriu-se” aos jornalistas do domingo e falou da sua ambição política, seus planos de governação através do projecto Governo e Parlamento Sombra, entre outros assuntos da actualidade política.

Bom de paleio e observador atento da situação política nacional e internacional, o líder do PIMO chegou mesmo a afirmar que aqueles que defendem a realização das eleições estão a agir emocionalmente e pretendem ir ao encontro de objectivos inconfessáveis e que “não vão ao encontro daquilo que são as aspirações da maioria dos moçambicanos”.

Neste momento, segundo Sibindy, os políticos deveriam concentrar as suas acções na busca de parceiros para a reconstrução das infra-estruturas danificadas, assim como construção de mais barragens e diques de protecção ao longo da bacia do Limpopo.

O país está de luto devido as cheias e inundações que causaram estragos no país. Neste momento os políticos não tem condições morais para sair à rua e pedir votos aos eleitores, disse Sibindy.

Questionado sobre a viabilidade da sua proposta tendo em conta que uma vez adiadas as eleições o país estaria a incorrer para uma situação de termos dirigentes fora do mandato, Sibindy reagiu nos seguintes termos: nós estamos numa democracia evolutiva e não estática, ou seja, lutamos contra o colonialismo com uma meta muito clara: que era a de libertar a terra e os homens.

O nosso entendimento é de que não havendo condições não se justifica corrermos atrás do tempo, uma vez que o país está estável e em franco progresso, de tal forma que os políticos seriam melhor entendidos se adiassem as eleições e concentrassem as suas atenções para a solução da problemática das cheias e inundações assim como na revisão da Constituição da República, referiu Sibindy.

Aliás, em relação a revisão constitucional, o nosso interlocutor defende a participação massiva da população por ser um momento tão importante na história do país e que não acontece anualmente.

“A revisão da lei fundamental surge como uma oportunidade excelente para os moçambicanos se reencontrarem com a sua própria história pelo que devem participar activamente para que no fim tenhamos uma nova ordem politica nacional, quer dizer, termos uma Constituição da República que enfatiza o desenvolvimento do país”,disse Yacub Sibindy para quem a actual Constituição não passa de um manifesto do partido Frelimo. 

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